DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Instituído o Dia 20 de Novembro como o Dia da consciência Negra (por uma Lei Federal n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003), para reverenciar Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares pois foi neste dia, no ano de 1695, que ele morreu, não me parece justo este titulo, porque ele nos leva ao racismo e não a homenagem de um líder.
Por que não chamar este dia de “Zumbi dos Palmares”?
Outro equivoco legislativo é o da cota para negros projeto de lei que quer garantir 20% das vagas para negros e pardos em todos as universidades do Brasil, pois se o critério é por capacitação, não há que se falar em negros ou pardos. Agora se querem dar oportunidade àqueles menos favorecidos economicamente, que não conseguem um bom preparo, quer seja através de escolas ou de cursinhos, então que lhes sejam reservadas cotas para os de baixa renda.
Sempre que privilegiarmos os negros e pardos, estaremos cometendo racismo. O inverso é verdadeiro se privilegiarmos os brancos, amarelos ou arianos.
Nossa história esta cheia de negros que se fizeram por seus próprios méritos, sem privilégios, sem proteção, haja vista o nosso Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal, para lembrar-mos da história recente, ou no passado com Luiz Gonzaga Pinto da Gama, entre outros.
Ademais, os dias feriados em nada contribuem para a conscientização de suas datas, haja vista os feriados de Primeiro de Maio, Sete de Setembro, Dois e Quinze de Novembro, datas de refugio para o campo e o litoral, quanto muito damos uma espiadela na cobertura jornalística da televisão, sem o menor comprometimento com a efeméride. Salvo as datas dos Dias dos Pais e das Mães, das Crianças, dos Namorados e Finados, em que nos endividamos para prestigiá-los e só.
No passado eram instituídos dias religiosos para reverenciar o nosso credo, mas salvo raras exceções praticadas pelos Mulçumanos, Judeus e Cristãos, que se conscientizavam por ocasião das sextas-feiras, sábados e domingos, a maioria das pessoas, não se utilizam destes meios para suas conscientizações, e ficam na ociosidade, para não dizer na assistência dos programas medíocre televisivos.
Concluindo, s.m.j., somos de opinião que no que diz respeito à consciência de cada um, não pode ser imposto, mas, vindo da própria pessoa, como o próprio vernáculo diz, conscientização, isto é, ato de se conscientizar, de se tomar consciência.
Não podemos camuflar uma efeméride com o fito de se alcançar por via indireta outra coisa se não aquela intrínseca na sua verbalização.
Não se justifica a caçada pelo tiro no que viu mas haver caçado no que não viu.
São Paulo, 20 de Novembro de 2012.
José Francisco Ferraz Luz