A VERDADE EXTERNA

A VERDADE EXTERNA

Todos os dias os relacionamentos correm os seus riscos, como se diz: “cada pessoa um universo”. Relacionar é chocar, esbarrar no universo do outro, e isso é um grande risco. Cada pessoa com a sua formação, com a sua cultura familiar, com os seus hábitos próprios, enfim cada um com as sua visão de vida. Um homem casa com uma mulher totalmente diferente, diferente na fisiologia, na alma, no físico, na formação, criados em meios sociais diferentes; um jovem estuda com outro totalmente diferente.

Seres humanos diferentes uns dos outros necessitam esforçar para entender o próximo e conviver pacificamente, amando e respeitando o outro. Para que os diferentes vivam harmoniosamente é preciso existir normas fora do meu mundo interior a qual eu decido obedecer. Na verdade nenhuma norma pessoal é a verdade, a verdade moral é algo externo ao ser humano.

A idéia que eu faço o que julgo certo, somente baseado nos meus sentimentos pode ser um grande risco. A verdade não se estabelece a partir do que eu sinto ou penso. Jamais uma pessoa pode fazer as suas próprias leis. As leis são estabelecidas pelo estado, trazidas da vontade popular, na verdade antes de o estado reconhecer e formalizar leis de cunho moral, essas leis já existiam no coletivo social.

Pensem um pouco se cada sentimento, cada vontade de um individuo tornasse legítima, legitimando a sua ação, já que cada um faz o que achar certo. Estabeleceria uma anarquia, que é justamente a falta das leis. Quais crimes existiriam? O que era certo ou errado? O que seria ou não pecado?

Quem condenaria um estuprador? Um criminoso que atira e fere uma adolescente e a deixa paraplégica, Quem poderia condená-los? Como condenar criminosos que arrastaram uma criança com um automóvel por sete quilômetros, dilacerando seu pequeno corpo pelo asfalto? Afinal todos esses criminosos fizeram prevalecer o seu prazer e vontade. Por certo já ouviu alguém dizer: “eu faço o que me dar prazer e isso é o certo”. Se isso fosse saudável na vida moral, ninguém poderia julgá-los como seres criminosos, afinal a vontade do ser humano é o fórum, o tribunal último da verdade. Está enganado quem assim pensa!

Na verdade existe um ser, externo ao ser humano que estabelece a verdade moral em última instância. Deus, o criador é esse ser. Por isso ele revelou a sua vontade ao homem. Deus é externo ao homem, Ele é ser moral, que fixou leis, padrões de comportamento, e junto com isso deu ao homem o poder de escolher ou não, de obedecer ou não. Todos os mandamentos do Eterno têm como objetivo fazer a humanidade feliz.

Estabeleceu a sexualidade para ser vivida no casamento entre um homem e uma mulher. Deus ordena que cada homem ame ao seu próximo, Que os filhos honrem os pais, respeitando-os. Deus ensina cada um descanse no mínimo um dia na semana. O criador manda a humanidade adorá-lo de maneira absoluta, adorem com os sentimentos, com o entendimento e com o seu corpo; que não façam imagem, ou qualquer representação dele, que invoque somente a ele. Por isso qualquer espécie de idolatria, seja a pagã ou a praticada no meio “cristão” é condenada por Deus e a sua Palavra. Deus estabeleceu que Jesus e o Espírito Santo fossem os intercessores autorizados da humanidade junto a Ele.

O homem é chamado à prática do que é bom, mesmo que o bom seja externo a sua vontade. Negar a vontade própria e aderir à vontade de outro, externo a mim é extremamente difícil. Isso é relacionamento com alguém superior, que tem normas estabelecidas, essas normas sempre chocam o mundo interior do homem. Que o Eterno mude o interior de cada um (meu).