Um desistímulo? Jamais!

Fernando Bandeira

fernandoluizbcosta@yahoo.com.br

Engenheiro e jornalista

Devemos permanecer sempre de cabeça erguida por maior que seja a indiferença dos mais próximos, por mais marcante que seja a decepção, o fracasso ou a doença.

Acima de tudo isso está Deus, que nos ama sem olhar a cor, a idade, o dinheiro ou a posição social que ocupamos na sociedade e, não nos pede nada em troca. Não adianta frequentar determinados Templos (nas mais diversas religiões), se a grande maioria o faz, com outras intenções: passar o tempo, exibir a roupa nova, bater papo com colegas, ou mesmo paquerar.

Algo me deixa muito intrigado. Por que uma boa parte dos que se dizem religiosos não frequentam as Templos dos bairros principalmente pobres onde moram? Respondo: essas pessoas preferem aqueles que são frequentados por gente rica, onde os estacionamentos estão lotados de carros luxuosos. Para isso vão de ônibus (muitas vezes à noite), ou de carona. Encerrados os sermões, os gritos às vezes histéricos de uns, as “doações” e as músicas destinadas a derreter os corações dos mais ranzinzas, muitos não sabem nada sobre o que foi dito pelo pastor, pelo padre etc. Eles estavam em outra: observando a roupa de quem passa, olhando para alguém interessante ou conversando baixinho com o vizinho. Esse comportamento lamentável sob todos os aspectos atinge ricos e pobres.

Quem realmente tem Deus no coração, não escolhe local para orar. Em um humilde Templo, em nossa casa, no quarto ou em qualquer lugar que podermos, nossas preces serão ouvidas por Ele.

A religião é importante em nosso dia-a-dia quando seguimos os mandamentos, conselhos e exemplos dos bons padres, pastores etc. De que adiantam sermos religiosos, frequentar templos, se ao sairmos ‘esquecemos’ todas as orientações e tudo que nos foi ensinado? O homem nasceu ‘artista’, uns, ótimos atores, outros péssimos; são logo desmascarados. Assim é a vida: existem os que foram convidados e os furões, o sincero e o maquiavélico, os que têm e os que fingem possuir, os amigos e os amigos do que é nosso; seja pouco ou muito.