PERANTE O PAPEL EM BRANCO

Desde os tempos pretéritos que moro nas plagas alencarina – Fortaleza. Cidade que irradia a luz, a vida, a alma, a paz, a esperança e a felicidade.

Procurei por muito tempo a felicidade na solidão. É um vocábulo com dez letras, que todos buscamos, mas nem sempre encontramos, porque ela não está fora, mas dentro de nós. Escrevo, mesmo que não tenha retorno e nenhum reconhecimento, mas sou feliz, porque notoriamente me motiva mais em propagar a cultura literária nas longínquas plagas alencarinas. Cultuo a literatura e agradeço a Deus por ter me colocado nesse caminho aquecedor de seguir pelas letras, despertando-me irrefutável e redivivo afã em adquirir os alcondorados objetivos de transcender a outros que os interessa ler essas mal traçadas linhas, inda que ver raiar resplandecente a aurora, ante a chegada festiva dos mensageiros, provindos da multicolorida seara do saber.

Quisera eu escrever sobre tudo que me cerca, às vezes até me atinge os sentidos, deixando-me na inércia perante o papel em branco. Às vezes de coisas interessante, mas que me perco incontinentemente, que deixo de escrever, que por vezes até demais interessantes, engraçadas e por vezes demasiadamente trágicas e assim fico na dúvida deixando o tempo passar.

Acredito que o mundo, afinal feito de muitas facetas e de realidades até mesma muda. Heráclito, filósofo, já dizia: “o homem não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, porque as águas se renovam a cada instante”, porque a realidade sempre está em constante metamorfose e assim os nossos sentidos nem sempre são confiáveis. É claro; que mal faz eu filosofar um pouco e que tudo que ao nosso redor não seja percebido, nos vão acontecendo a cada instante o que ontem fomos; hoje já é assaz diferente. Todavia, todos somos animais que porventura ameaçados de frustrações do que somos vítimas pessoais.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 30/10/2012
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