TRANSTORNOS

TRANSTORNOS

A situação do cearense parece piorar a cada dia que passa. Torcemos para que os governantes nos dêem sua contribuição para viabilizarmos situações promissoras, desejamos vislumbrar boas possibilidades de uma vida melhor, mais digna para as pósteras gerações. Nossos filhos, nossos netos, nossos sobrinhos merecem uma vida mais humana e menos cruel. Estampadas nos matutinos da cidade estão notícias acachapantes em que nossa segurança é mais uma vez esquecida, da “ronda do quarteirão”, a cortes de verbas para a educação. Vivemos num País que têm leis, porém não aplicadas condignamente, e os descasos tomam força e se tornam gigantes. Sem punição a Lei se torna “frouxa” e faz com que adolescentes e menores permanecem no âmbito criminal. Quando o semáforo fecha, e temos que parar nossa condução vem o transtorno, ficamos a mercê da sorte e torcendo para que nada aconteça conosco e com nossos familiares.

A impunidade pode ser geradora de revolta para todos que se encontram partilhando dessa vida dorida e multifária. Quando ao lar nos recolhemos, depois de uma grande labuta, ficamos horas e horas a meditar: “O homem de alma sofrida quer milagres para crer, carrega, porém, consigo o prodígio de viver”. Será que nos espera o amanhã? Dúvidas, muitas dúvidas nos fazem pensar no esfacelamento das nossas ilusões. Com o acúmulo de tensões, preocupações, estresses, o evolvimento mitósico será inserido no nosso sistema fisiopsicológicos. Genituras nascem dia-a-a, mas o ilair de nossas esperanças é lastreado por malogros, apesar de nossos esforços em escolher algo de exitoso para nos defender, e melhorar nossa Via-crúcis na Terra de meu Deus. O Brasil está com medo. É certo que as leis não mudam a sociedade e sim a educação, mas essas raízes violentas ocorrem em maior escala nas classes menos favorecidos, visto que a miséria, a fome, a doença, a falta de moradia, lazer são gametas hospedeiros do mal, e quem tem fome não pode esperar, principalmente crianças subnutridas. O oblívio toma conta de determinados políticos e chegam a afirmar que estão serenos e sem medo. É duro ouvir uma frase cujo pélago não tem incidência sobre eles. É hidrocefalia com certeza.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 27/02/2007
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