PROSPERIDADE - 8 da série

Palavras de Vida – ( VIII da série ) -

CONDIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

Pastor Serafim Isidoro.

O cristianismo anulou os rituais, os símbolos, o complexo sistema do judaísmo onde tudo tem um significado e estabeleceu a simplicidade do Evangelho, onde somente o batismo e a ceia do Senhor são simbólicos. Todo o mais se tornou desnecessário, vão, ultrapassado. O fim da Lei é Cristo. Nele cumpriram as exigências da justiça divina. Ele tudo cumpriu para que Sua justiça - exigência da Lei - fosse IMPUTADA, comunicada, a todo aquele que Nele crê. No cristianismo tudo se torna mais excelente - para usarmos terminologia do livro Hebreus. Tudo se torna nosso pela fé - para citarmos a doutrina ensinada por Paulo.

Esse Paulo, pois, seria uma pedra de tropeço para os judeus, praticantes ou não do judaísmo. Para estes ele seria um inimigo da pátria, unindo-se a povos estranhos; para aqueles ele seria um inimigo da religião, apostatado de Moisés e do judaísmo.

Seria ele um cristão diferente, uma anomalia dentro da igreja estabelecida, que até então só pensara em evangelizar e evangelizar na sua maioria judeus - muito embora o Senhor lhes houvesse ordenado que fossem por todo o mundo e pregassem o Evangelho a toda criatura.

Toda criatura judaica - interpretaram eles.

Para a igreja primitiva nascente (nos dois anos antes da introdução de Paulo nela) a conversão de gentios, em menor número, seria comparada ao que acontecia no judaísmo, onde o PROSELITISMO recebia por adesão aqueles que não sendo judeus se agregavam ao judaísmo passando a ter o direito das promessas e das bênçãos prometidas a Israel. Seriam uma espécie de filhos adotivos à religião judaica.

Dois grupos constituiriam então o judaísmo: Filhos de Abraão, consangüíneos, autenticamente seus descendentes, e gentios agregados. Na Igreja haveria, pois: Judeus convertidos a Jesus, considerados legitimamente dignos dessa posição e gentios convertidos que se agregavam a uma bênção que não viria a eles sem Israel.

O capítulo seis do livro Atos demonstra como os crentes judeus tinham proeminência aos gentios naquela instituição: “Crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano”... - ( At. 6:1 ).

Ao invés de doutrinarem a Igreja, demonstrando aos judeus a igualdade de posição e de direitos dos gentios, os apóstolos da circuncisão - Pedro, Tiago e João - optaram por escolher sete homens, cheios de sabedoria e do Espírito Santo, para contornarem a situação, que era uma questão doutrinária e não meramente administrativa. Denota esse fato, que as próprias “colunas” (líderes da Igreja) eram partidárias dessa supremacia judaica sobre os gentios dentro do “Corpo de Cristo” - a Igreja.

Seria então necessária a introdução de Paulo como um muro de separação entre o judaísmo e o cristianismo, separação (repetimos) que redundaria, afinal, como uma verdadeira UNIÃO (parece paradoxal) entre judeus e gentios.

Para Paulo, essa união judeus / gentios, produz em Cristo a IGREJA, que são povos irmanados em um corpo, nivelados em direitos iguais, mas submissos ao Senhor Jesus e a regras novas (boas novas) a ordenanças que não são oriundas do Sinai, mas sim da Obra do Calvário e do Monte - local da despedida e ordens finais de Cristo aos Seus