PROSPERIDADE - Artigo 3

PALAVRAS DE VIDA – ( III da série )

Pastor Serafim Isidoro.

CONSIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

O texto de Daniel, capítulo doze, previra um tempo (tempo do fim - Dispensação da Graça) quando haveria uma globalização, um comércio intensificado, um correr de uma para outra parte e a ciência seria multiplicada. A ciência, conhecimento adquirido tem crescido de maneira espantosa neste século, nesta década, nestes dias. Há um incremento de conhecimento em todas as áreas e em todo o mundo.

Só não tem havido muito desenvolvimento na área teológica.

O sistema doutrinário, exegético, não tem tido muitas mudanças desde Lutero, Calvino, Arminius e outros. A época das descobertas teológicas parece já ter passado. Discutem-se hoje mais métodos do que doutrinas e as inovações nesses referidos métodos já não têm limite. Para o método: “é proibido proibir”. Só nos faltam (se é que faltam) a guarda do sábado, as festas de lua nova e as festas das estações da lavoura. Com isto, seriamos judeus-cristãos.

O ensino das sagradas escrituras está relegado a uns poucos institutos bíblicos e a escassos mestres - ministério reconhecido em Ef. 4:11 - cujos salários mal satisfazem a sobrevivência. A tônica é: “resolver problemas.” O próprio ministério de cura de enfermidades nas igrejas locais, está escasso.

A ciência - conhecimento bíblico - se multiplicaria. A compreensão da revelação, mediante as Escrituras, seria incrementada. Por quem? - Onde? Se o povo não se interessa em pesquisar, em estudar, em esquadrinhar o sagrado livro, de onde virá esse conhecimento bíblico?

Durante séculos temos aceitado e nos utilizado de uma expressão teológica que não se define como verdadeira, mas que já pertence ao sistema estabelecido: ”Velho Testamento”.

“Testamento, é o ato pelo qual alguém dispõe do seu patrimônio para depois da morte” - ( Dic. Aurélio).

Não há, então, bíblicamente, um Velho Testamento, pois ninguém morreu para nos legar patrimônio algum: Nem Abraão nem Moisés, nem Davi. A morte desses personagens não nos beneficia em nada.

Os únicos personagens que representaram de maneira total, definitiva e simbólica a raça humana, foram: Adão - o primeiro Adão, e o Cristo – o segundo Adão. (I Co. 15:45-46).

Que fundamento haveria então para a expressão “o Antigo Testamento”? - Tudo se explica no fato da aplicação imprópria feita da palavra greco - koinê: D I A T H Ê K Ê, palavra esta usada trinta e três vezes na Nova Aliança - (N.T.), e que só seria legitimamente traduzida como “testamento” em Hb. 9:16-17. Em todas as demais onze citações, é traduzida como:

A L I A N Ç A

A Septuaginta - versão feita do hebraico para o grego - traduziu como Aliança (diathêquê) toda vez em que foi usada a palavra hebraica B’RIT. A expressão “O Novo Testamento” até seria cabível como tradução da palavra grega “diathêquê”, pois o Cristo de Deus morreu nos deixando o legado da vida eterna. Mas não se justifica a expressão “O Velho Testamento”.

E, se assim é, por que não utilizarmos os termos expressivos, realmente significativos e corretos: “Velha Aliança” – “Nova Aliança”?... Sistematizou-se, dogmatizou-se a expressão “Velho Testamento”, e ninguém até agora contestou sua veracidade, sua comprovação teológica. Nesse sentido a ciência teológica não evoluiu.

Toda nova asserção choca estremece, quando se lhe não entende o significado. Estabelecidas porém as premissas, os padrões serão repensados e re-estudados. Doravante usaremos a tradução que achamos correta dos termos do grego koinê: “Velha Aliança” - (V. A.) “Nova Aliança” – (N.A.).