PROSPERIDADE - Artigos 1 e 2

PALAVRAS DE VIDA – ( I da série)

Pastor Serafim Isidoro.

CONSIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

Exatamente às sete horas da manhã do dia trinta de novembro do ano 2.000, vi e ouvi pela TV um pregador citando o texto do livro Deuteronômio, 28:13 afiançando que haja no mundo dois poderes antagônicos: JEHOVAH JIRÉH que se move para que o ser humano seja abastado em suas finanças, em seus bens, em sua prosperidade; e o diabo que é pai de toda miséria, derrota e fracasso em todos os sentidos.

A declaração acima é lógica, procede e poderia facilmente ser aceita por qualquer mortal...

Minha situação econômico-financeira passava por um período de decadência iniciado há seis anos e enfrentava uma época que eu considerava de transição, já que seis é o número representativo do homem e, por que não, do fracasso e da fragilidade humana, ainda que em contrapartida, o ano número sete, que iniciaria daí a trinta dias, é representativo da totalidade que inauguraria o terceiro milênio no cômputo do nosso discutido calendário - ano 2.001.

Realmente, uma mudança haveria de se processar em todos os sentidos, em todas as dimensões e de todos os modos nesse novo ciclo do tempo, na cronologia, ciclo este (repito) que era esperado pela maioria das formas de pensamento, cristão ou não, antevendo-se, reformas e evoluções em todas as áreas.

O livro de Daniel, no capítulo doze vaticinara: “Muitos correrão de uma para outra parte e a ciência se multiplicará” - (Dn. 12:4).

Em três de agosto de 2.000 eu completara meu 47o ano de conversão ao Evangelho e em outubro, o meu 65o aniversário de nascimento, o que me colocava na condição de experiente espectador de mais de meio século de vida, participante de mais de uma geração (40 anos bíblicos) nessa terra que Deus criou.

A moderna Doutrina da Prosperidade é mais do que uma doutrina bíblica; é uma FILOSOFIA que passou a adquirir forma desde há alguns anos. Quando estudante da Escola Bíblica em Lavras, M. G., nos anos 53 / 59, não ouvíamos nenhum ensinamento quanto a essa doutrina.

O povo judeu, israelita, teve sempre em alto grau o pensamento da prosperidade como uma das principais bênçãos de Deus. Realmente ser possuidor de bens, propriedades, ouro e prata, é sinônimo de ser bem sucedido, vencedor, e proporciona vida abundantemente satisfatória ao ser humano. Ao contrário, a pobreza, a miséria, a insuficiência, torna esse ser dependente, fracassado, derrotado. MAS...

“Nem tudo que reluz é ouro!...”

PALAVRAS DE VIDA – ( II da série )

Pastor Serafim Isidoro.

CONSIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

Não foi muito cedo em minha vida, que percebi que o livro que denominamos “O Livro de Deus”, a Bíblia, está fundamentalmente dividido em duas partes distintas, mas de certa forma separadas, que são: Velha Aliança / Nova Aliança. Também está dividida em dois povos: Judeus / Gentios. Dividida em dois legisladores: Moisés / Cristo. Dividida (repito) em dois montes: Sinai / Calvário. Dividida (ainda repito) em duas línguas: Hebraico / Grego. Dividida (insisto) em duas promessas: Palestina / Céu. Dividida (persisto) em dois períodos: Tempo / Eternidade. Dividida (redundo) em dois concertos: Lei / Graça. Dividida (persevero) em dois apóstolos: Pedro / Paulo. Dividida (finalmente) em duas doutrinas sociais: Prosperidade / Abnegação.

Durante muitos anos insistimos em que a Igreja de Cristo, a verdadeira IGREJA devesse evangelizar, e o fizesse de todas as formas e em todo o mundo. Naquela época insistia-se que a Igreja fosse santa, exigindo-se uma demonstração da parte de Deus de milagres, sinais e maravilhas. A oração se fazia então fundamental, acompanhada de jejuns e de consagração de vidas.

Veio a televisão; ampliaram-se os meios de comunicação; apareceu a Internet; chegou o telefone celular. Leigos começaram a batizar os conversos por imersão e até sem nenhuma cerimônia ou igreja. A música então chamada profana, secular, subiu para os púlpitos. Os instrumentos ditos “não consagrados” tomaram lugar na “adoração”.

Os ritmos passaram a quebrar a solenidade das reuniões evangélicas. A alteração dos sons, tanto dos instrumentos quanto dos louvores do povo, não tiveram mais padrão em decibéis, nem mesmo com a tentativa de censura pelo governo.

A mensagem passou da CRUZ para o CRUZEIRO e se tornou depois REAL. A doutrina do dízimo, introduzida na liturgia na época do Imperador Constantino (280 / 387 dC.) passou a ser a nota tônica e SINE QUA NON a todo aquele que quiser ser financeiramente abençoado.

O voto, proposta a Deus, tão usado na Velha Aliança, foi reintegrado para efeito de uma negociação lucrativa para o homem em seu relacionamento com o Criador.

É a evolução da revolução.

Na vida tudo se copia e, como a Igreja não tem de onde copiar, importa da sua opositora: A sociedade mundana. Mundano, profano ou sacro se igualam fazendo com que os fins justifiquem os meios, para que o povo se sinta feliz, alegre, e tenha o que mais deseja:

P R O S P E R I D A D E !

E para muitos, felicidade é fazer o que dá certo; e não o que é certo.

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O Pr. Th.D. Honoris Teologia, D.D. Serafim Isidoro oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br

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