INICIO DE ANO?

Em fim chegamos na quarta-feira de cinzas, passou-se toda a euforia, todo o confete e toda a serpentina. Já relembramos todas as cantorias de carnaval, “me dá um dinheiro aí”, “a pipa do vovô”, e por aí vai. Como todos os anos, desde 1890 para ser mais claro, o nosso gigantesco país pára em todas as suas atividades para descascar o pé pelos asfaltos de suas cidades. O que entra em questão, agora na ressaca carnavalesca, é se vale a pena perder o inicio do ano, pois o mesmo só inicia após o carnaval para alguns, esquecendo das necessidades básicas do povo brasileiro?

São inúmeras cores maravilhosas, fantasias magníficas, baterias da maior qualidade, milhares de foliões nas ruas e arquibancadas, atores, pessoas de renome, políticos... várias pessoas deslumbradas com a maravilha da maior festa popular brasileira, mas acabada a folia, os desfiles e algazarras o que sobra? Qual foi a melhoria da saúde nacional, da educação, do auxilio ao menor abandonado, quantas vagas de emprego permanente surgiram? Creio que a resposta para todos estes itens paira na escala do ZERO, nada foi feito nos anos que passaram e neste não foi diferente, sobrou apenas a ressaca e a sujeira nas ruas e na classe baixa da população.

Algum tipo de lazer é necessário para o ser-humano, mas equilibrado com suas necessidades básicas. Digamos que temos lazer, mas não saúde e muito menos educação, de que adiantaria? Uma hora não teria mais condições de viver. O nosso país, nestes primeiros meses do ano infelizmente vive esta utopia, onde não existe mais a educação, nem a saúde, apenas o carnaval e mais carnaval. Tudo tem sua medida exata, e devemos, aqueles poucos interessados, lutar pela não mortificação da verdadeira cultura brasileira, e conscientizar o nossos lideres a usar este período de folga para trabalhar as questões vitais do Brasil, incentivar a cultura, revitalizar a saúde, gerar empregos e assim começar o ano com o pé no progresso e não na avenida cheia de confetes e serpentinas.

Um ótimo “inicio” de ano à todos!!!