DEUS SE FEZ PROPÍCIO

DEUS SE FEZ PROPÍCIO

Saudade! Quem nunca sentiu? Essa ausência do amado, daquele que traz paz e felicidade, que promove segurança e conforto. Geralmente a saudade manifesta após um período de tempo sem a presença daquilo que se gosta ou ama.

Deus quando criou a humanidade e a estabeleceu no jardim do Éden, fez do homem objeto de amor e relacionamento, e todos os dias, o criador estava em contato com a sua criatura. A admiração e o amor por aqueles que Ele tinha criado do pó da terra e soprado nas narinas parte de si próprio, o espírito do homem; por isso o ser humano tem características, traços divinos em si.

Quanto a humanidade pecou escolhendo seu próprio caminho, aconteceu a separação, devido a desarmonia entre as partes, porque o homem agora conhecia o mal, através da experiência e não apenas conceitual.

Deus tirou o homem do paraíso e colocou anjos armados para vigiar o jardim, impedindo, qualquer ser de adentrar no recinto que ele criara. O rompimento provocado pelo pecado tornou-se dolorido para O criador e para o ser humano, a criatura mais perfeita.

Quanta dor, sofrimento, tristeza e desesperança. Mas O eterno tinha um plano de resgate, para a sua criatura. Para o resgate acontecer o homem precisava ter conhecimento da gravidade da desobediência; foi quando o criador no seu plano de resgate trouxe ao homem o conhecimento da Lei.

A Lei cumpre o seu papel. Bem! Qual a função da lei? Revelar, fazer ciente ao pecador ou infrator que ele errou. Nesse contexto de trazer conhecimento do pecado é que Paulo fala aos crentes em Cristo que vive na cidade imperial Romana: “Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos pecadores” (Rm 3.20). A lei tem o papel de dizer que as pessoas erram; é assim com qualquer código de conduta. Quando alguém erra, logo o código de leis, indica a infração. Paulo sempre diz em seus escritos que a Lei é boa, quanto se faz uso legítimo dela; porque a ausência da lei gera a anarquia, que por sua vez traz a desordem.

Portando Deus trouxe ao homem o conhecimento da sua vontade, conhecida também por Lei. Quando a humanidade tomou conhecimento da vontade do Criador, ela ficou desesperada, sabendo quão distante estava do Criador. Bem a Lei acusa, mas não resolve o problema, que o homem tem com Deus.

Quanto se é infrator, o desejo é resolver a situação, pagar pelo crime, acertar as contas com a justiça. Esse desejo de se tornar justo, faz o ser humano a praticar atos religiosos, fazer caridade como forma de aplacar o julgamento por ter desobedecido. Outros ainda fazem notáveis procissões, oram para os entes queridos que falecera etc. Buscam uma forma de acertar o débito com a justiça.

Toda essa busca é vã, e não traz a certeza que tanto o homem precisa, para ter paz com o criador. O homem necessita viver com a certeza que não deve a lei, que não é infrator; senão ele tem uma vida interior horrível e tenebrosa.

O homem chegou a conclusão que jamais satisfaria a santidade e a justiça de Deus. Isso aconteceu com o monge chamado Martinho Lutero. Quanto mais ele tentava satisfazer o criador, mas ele descobria que era impossível através dos sacrifícios religiosos. Bem! Agradar a Deus não é uma impossibilidade.

Para resolver esse problema do homem (meu e seu), O eterno enviou seu filho justo e santo para pagar o débito legal que a humanidade tinha e tem com ele. O apóstolo tranqüiliza os cristãos dizendo: “Deus ofereceu (Jesus) como sacrifício para propiciação (tornar favorável), mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça” (Rm 3.25).

Deus reconheceu que o ser humano era incapaz de pagar a pena, tamanha era a exigência do eterno, por isso ele enviou Seu filho, para tornar a ser favorável (propiciação) ao homem. Deus não poderia ignorar o erro, pois isso fere a sua natureza santa. A graça não é Deus relevar o erro, mas sim o próprio Deus, em Cristo, pagar pela desobediência da humanidade. Deus levou o seu filho para morrer como um pecador, para que (nós) o homem viva feliz e alegre.

A morte Jesus na Cruz traz paz e serenidade interior, para aquele que confessa e que recebe o derramamento do Sangue de Jesus como a satisfação da justiça de Deus. Todo aquele que recebe Jesus como Senhor, Deus o Pai, olha para essa pessoa como justa, santa e sem pecado, ainda que peque. Isso é simplesmente fantástico, por isso o cristão recebeu perdão dos pecados cometidos, recebe dos pecados que estão cometendo e ainda receberá dos pecados que ainda cometerá. De qualquer forma o Cristão tem ao seu dispor a justiça que está na morte de Jesus no Calvário.

Bem! Só vive carregando o peso do desespero, aquele que ainda não foi a Jesus, cristão ou não, pedir perdão pelos pecados cometidos.

A fé no Cristo bíblico, não no da tradição, propicia ao homem paz e harmonia interior. Usufrua dessa provisão de Deus em teu favor.

Lembre-se a paz de espírito é perfeitamente possível.