DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Os passos a serem seguidos para desenvolver uma pesquisa cientifica, de acordo com o autor Reinaldo Dias (2010) devem ser os seguintes:

 Definir a situação-problema a ser pesquisada;

 Formular e testar uma situação hipotética;

 Adotar um tipo especifico de pesquisa;

 Fazer levantamento de dados;

 Analisar e discutir resultados;

 Formular um conceito, uma conclusão.

Pesquisar é reunir informações sobre determinado assunto ou fator, quando há necessidade de fazer um levantamento detalhado sobre algum assunto, diz Antonio Carlos Gil (2002), Ele considera a pesquisa como um processo racional ou sistemático que oferece resposta para todas e quais quer perguntas. As informações podem ser extraídas de muitas e diversas fontes, o pesquisador deve ter o cuidado de citar suas referencias, e analisar quanto aos métodos e técnicas utilizados para a realização da pesquisa. Alem de métodos e técnicas é preciso responder as perguntas que são geradas no decorrer da investigação e preencham a todos os campos abrangentes do assunto a ser pesquisado, para que não se torne muito vasto e tenha-se um foco a ser desenvolvido na pesquisa deve ser delimitada ao fator pertinente ao que se deseja descobrir com a pesquisa. O primeiro fator a ser definido numa pesquisa é seu tema, depois o que quer saber sobre esse tema, quais as características devem ser conhecidas, quais os métodos pretende-se adotar para desenvolver essa pesquisa, “Um pesquisador deve ser no mínio curioso para desenvolver uma boa pesquisa”, diz Antonio Gil (2002), as características mais necessárias num pesquisador deve ser criatividade, ele deve ter curiosidade de se aprofundar no tema em questão, ser sensível socialmente, ter confiança no que está pesquisando e ter a certeza que vai tirar uma grande experiência com suas descobertas.

A pesquisa serve para solucionar problemas; gerar conhecimentos; confrontar ideias teóricas; é um processo de reflexão, de controle, de criatividade sobre o assunto determinado; clareza e objetividade são características essenciais numa pesquisa cientifica. Para desenvolver uma pesquisa é preciso saber qual é o assunto a ser pesquisado, deve ter característica de problema cientifico, descartam-se as possibilidades de uma investigação sobre o assunto, se houver pontos ocultos nos quais necessitem de uma maior observação, então é considerado um problema de pesquisa. O problema de pesquisa formula questões complexas de maneira que sua resposta necessite de uma investigação aprofundada, na busca de adquirir conhecimentos e soluções praticas para o problema em questão, deve ser nítido ao ponto do pesquisador e das partes interessadas identificarem as deficiências a serem sanadas, não deve se referir a valores sociais e morais, deve gerar soluções lógicas e plausíveis. É importante verificar corretamente o texto e fazer as devidas aplicações verbais.

Para Roberto Jarry Richardson (2010), a melhor maneira de conhecer e definir um problema de pesquisa é conversando com outros pesquisadores, já experientes no mesmo assunto, pois os mesmos poderão fornecer dados aos quais conquistaram e informações viáveis para uma melhor execução das investigações de modo empírico ou teórico. Richardson diz que uma pesquisa realizada para solucionar problemas e diferente de um problema de formulação teórica e dos testes teóricos, a pesquisa pode ser desenvolvida de muitas maneiras pode ser para solucionar qual tipo de musica vai motivar as pessoas em seu setor de trabalho, pode ser para decidir que cor traria alegria ao ambiente e motivarão e estimularão a produtividade. Por isso é muito importante está atento aos métodos utilizado e na linguagem empregada.

PROJETO DE PESQUISA

É preciso formular uma pergunta para o problema tema, essa é uma pratica que facilita aos consultores da pesquisa, Matias-Pereira (2010, pag. 48) diz que após a formulação do tema deve ser realizado um projeto onde serão previstas as necessidades da pesquisa, toda pesquisa tem um problema a ser resolvido, é preciso estar atento a esse fato, pois, não havendo a identificação do problema, o tema escolhido não pode ser designado como pesquisa cientifica, é preciso identificar o problema para depois dar andamento na pesquisa. O projeto demonstra de modo compreensivo qual o grua de dificuldade e a profundidade dos conhecimentos necessários para o desenvolvimento daquela pesquisa, O Autor José Matias-Pereira (2010) acredita ainda que para desenvolver um projeto deve haver uma questão a ser investigada; essa questão deve ser resolvida através de um processo cientifico. Alguns tipos de projetos são: Estudos exploratórios; Estudos descritivos; Estudos descritivos; Estudos preditivos; Estudos explicativos; Estudos de ação.

 

A NEUTRALIDADE DO PESQUISADOR

Para desenvolver uma pesquisa é necessário escolher um tema e estudar muito sobre ele de maneira objetiva sem tentar influenciá-lo por conhecimentos empíricos, como exemplo pode-se escolher uma determinada instituição, pesquisar quem foi seu fundador, suas raízes, e outros pontos relevantes para o desenvolvimento da pesquisa.

A NEUTRALIDADE: o autor Reinaldo Dias, no livro Sociologia geral, 2010 (pg. 24 e 25), diz que uma pesquisa social para ser confiável em seu contexto e haja credibilidade a sociologia, não pode ser ater apenas a comentários pessoais no senso comum. É necessário está presente e ser pautada nos métodos científicos.

O PESQUISADOR: Reinaldo Dias diz ainda que o pesquisador não deve confiar nas evidencias coletadas, através da observação sistemática, é necessário apresentar provas. Devem-se evitar os erros e os preconceitos, ou minimizá-los usando técnicas ordenadas, deve ser rigoroso ao adotar essa estratégia. Nunca deve ser considerado que uma determinada conclusão seja dada como uma conclusão final, antes, é preciso rever conceitos abrindo-se um leque para novos questionamentos, testes e revisões. O Pesquisador precisa estudar minuciosamente, vários casos em particular, comparando-os entre si, possibilitando assim, um consenso entre os fatos. Ele deve relacionar os fatos, buscando não apenas descrições, mas explicações.

METODOS DE PESQUISA

Para desenvolver uma pesquisa é preciso a utilização de métodos (usa-se esse termo com a pretensão de transformar ideias simples em profundas analises cientificas). José Matias-Pereira (2010) diz ainda que um método de pesquisa é uma rota traçada pelo pesquisador, para chegar ao seu objetivo final. Podem ser utilizados os métodos de abordagem, com ideias abstratas e empíricas, esse método é dedutivo, indutivo ou dialético; ou por meios técnicos, que é mais concreto e real, esse método é mais comum pois é experimental, de fácil observação e comparação, é estatístico e monográfico. Há também o método automático e o método místico.

O Autor Reginaldo Dias (2010) diz que os principais métodos para realizar uma pesquisa são: método histórico, método monográfico (estudo de casos), método comparativo, método estático ou matemático.

METODO HISTORICO – pesquisa as raízes e origens dos fatos, desde o passado mais remoto, para se compreender sua natureza e função atual.

METODOMONOGRAFICO – estuda casos específicos sobre instituições, movimentos sociais, comunidades e outros, de forma representativamente geral.

METODO COMPARATIVO – comparam os grupos sociais, institucionais, movimentos, etc., como o intuito de descobrir quais são suas semelhanças e diferenças em seu procedimento, pode ser de forma geral.

METODO ESTATISTICO OU MATEMATICO – também conhecido como quantitativo, utiliza processos estatísticos para definir fatos sociais, define os resultados através duma amostragem com resultados específicos, visando chegar o mais próximo da realidade.

OS GRUPOS DE PESQUISAS

Existem três grupos de pesquisas: a bibliografia, a descritiva, a experimental.

BIBLIOGRAFIA – explica os fatos baseando-se em publicações teóricas em vários tipos de documentários.

DESCRITIVA – descrevem as características dos fatos sem manipulá-los, suas principais características são: pesquisar a motivação, estudos de casos, documentos, opiniões, exploratórios, descrições.

EXPERIMENTAL – tem o objetivo de estudar as causas provocadoras dos fenômenos e o modo como são produzidas, o pesquisador manipula os fatos.

DELIMITANDO UM PROBLEMA

Há a necessidade de impor limites considerando-se a vastidão do assunto a ser investigado, devem ser estabelecidas prioridades quanto o assunto, a sua extensão e muitos outros detalhes que há essa necessidade, porém, esse é um fator a ser observado. Existe problemas porem, que não tem uma resposta, por isso, é importante que ao escrever sobre um problema deva ter completo domínio do mesmo (conhecimento). Nem todo assunto apresenta um problema, Antonio Carlos Gil (2002) cita como exemplo um pesquisador que deseja falar sobre o divorcio, nesse caso a necessidade de se formular uma pergunta, ou um problema a ser pesquisado, o caso do divorcio é muito amplo, por isso delimitá-lo é a melhor maneira de desenvolver uma pesquisa, formulando-se um problema poderia ser realizada uma pesquisa que fale como vivem as pessoas depois do divorcio, ou quais as maiores causas para o divorcio. Pode ser citado também o problema da falta de água: falta de água aonde? Para qual quantidade de pessoas? Em que cidade? Falta de água encanada ou falta de água da chuva? – delimitando-se o problema, poderia ser pesquisado sobre a falta de água na cidade de São Paulo.

CONCLUSÃO

O problema de pesquisa deve ser apresentado de forma precisa para que seu resultado seja encontrado com viabilidade. O problema deve ser claro, preciso e refletir conhecimentos empíricos. Para a definição do problema de pesquisa é preciso seguir a alguns parâmetros como: escolher um tema, definir a pergunta central desse tema, desenvolver um projeto de pesquisa e traçar o roteiro de pesquisa.

 

REFERNCIAS

GIL, Antonio Carlos, 1946 – Como elaborar projetos de pesquisa. – 4 ed. – São Paulo: Atlas, 2002.

MATIAS-PEREIRA, José – Manual de metodologia de pesquisa cientifica – 2ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

RICHARDSON, Roberto Jarry; colaboradores José Augusto de Souza Peres... (et al.). – 3ed. – 3ºed - 11º reimpr. – São Paulo: Atlas, 2010.