SABIÁ LARANJEIRA
Néveo J. Bello
SABIÁ LARANJEIRA
Para quem gosta de ler bastante.
Eu Néveo J. Bello gosto muito de contar minhas histórias. Nasci na minha querida Rio Claro –SP, faz teeeeeeemmmmpoooo... e desde criança passeando nas fazendas de meus tios lá e em Araraquara-SP também. Assim passei a apreciar a natureza, defender os animais e plantar árvores, pois admirava vê-las crescendo.
Ver a criação de galinhas de raça, abelhas e a extração do mel. Criação do Bicho da Seda e tantas outras coisas.
O que mais me admirava quando amanhecia era o canto dos pássaros.
O tempo naturalmente foi passando e em 1964 me transferi para São Paulo, Capital. Cidade esta que me lembro que vinha passear com meus pais desde meus três aninhos e na mocidade também vinha passear com meus primos. Ditei uma posição: São Paulo só para passear, morar nunca ! Via como era a dureza de meus tios e primos já moços chegarem dos serviços cansados mais das conduções que do trabalho e eu em Rio Claro e Araraquara, estudava, trabalhava e a noite dava tempo para passear, cinema, dançar, fazer serenata, etc. Dormia pelas 23horas e amanhecia disposto para minhas obrigações.
Eis que em 1964 surgiu um Concurso na USP justamente na minha área de trabalho que estava exercendo na Faculdade de Filosofia em Rio Claro. Disputava uma vaga e o ordenado era o dobro. Fui aprovado..., e agora? Já casado e com duas filhinhas, pensei, ponderei com minha esposa e tenho meus sogros aqui e também já havia casado aqui em São Paulo também na Capela da PUC, tudo já facilitava a minha vinda. Me transferi imediatamente, não podia desprezar tão belo acontecimento.
Agora vocês perguntam que eu tenho com isso, rsss...
É que onde eu moro, uma casa razoável que comprei em 1968 com muita garra e luta de trabalhos extras tanto minha esposa lecionando Geografia em três e as vezes quatro Escolas no mesmo dia e eu com serviços extras de Cartografia, noites e final de semana, conseguimos pagar tudo em dia. Nasceram aqui mais uma filha e um filho.
Então estamos com três filhas, três genros e um filho. Quatro netas e dois netos e para completar a alegria já um Bisneto com 1 aninho. Dia 28 de julho p. passado completamos Bodas de Ouro.
Bem agora a resposta do que mencionei acima: Quase todos os vizinhos para facilitar a coisa mandaram cimentar quase todo o terreno dos quintais. Eu com minha origem interiorana cultivei tudo que coube no terreno. Um goiabeira infelizmente foi destruída pelos cupins. Tem pés de café, plantas ornamentais e uma majestosa laranjeira que chama atenção de todos que passam, pois minha casa é de esquina. Ela está com flores e muito perfume, logo vem as laranjas que todos admiram e querem. Os nativos da Capital não conhecem estas coisas. É neste ponto que entra o FAMOSO SABIÁ LARANJEIRA.
Antes de clarear o dia eles já estão cantando, cantando muito bonito mesmo. Passa algumas horas e lá começam novamente. A noite também. É uma verdadeira orquestra que eu brinco que entre eles combinam e vão revezando quem vai cantar porque tem dias que não param. Até meu cachorro chamado POP que está velhinho também e muito doente fica olhando a laranjeira com os sabiás e sabemos lá o que ele pensa de tudo isto.
Nós sabemos o que pensamos, conservamos nossas raízes e a natureza. Então aí está a resposta desta comprida minha pequena história.
Para admirar mais ainda também os pássaros tive a honra de muitos anos atrás conhecer pessoalmente o ornitólogo Johan Dalgas Frisch e suas gravações dos pássaros brasiileiros.
NOTA: SEGUE ABAIXO UM RESUMO DA HISTÓRIA DESTE PÁSSARO PARA QUEM TIVER PACIÊNCIA DE LER. Muito Obrigado. São Paulo, 29 de agosto de 2012.
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O sabiá-laranjeira [Turdus rufiventris (Vieillot, 1818)] é uma ave muito comum naAmérica do Sul e o mais conhecido de todos os sabiás, identificado pela cor de ferrugem do ventre e por seu canto melodioso durante o período reprodutivo.[1] É popular especialmente no Brasil, tendo se tornado por lei, em 2002, a ave-símbolo do país[2] Já era símbolo do estado de São Paulo desde 1966.[3] É citada por diversos poetas como o pássaro que canta o amor e a primavera.[4] A ave também está presente no emblema oficial da Copa das Confederações de 2013, que será realizada no Brasil.[5]
O nome sabiá deriva do tupi haabi'á.[9] No Brasil tem uma quantidade de denominações populares, entre elas sabiá-cavalo, sabiá-ponga, piranga, ponga, sabiá-coca, sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-gongá, sabiá-laranja, sabiá-piranga, sabiá-poca, sabiá-amarelo, sabiá-vermelho ou sabiá-de-peito-roxo. Em espanhol é conhecido como tordo de vientre rufo, zorzal colorado, zorzal común.[1][8][9]
Habita originalmente florestas abertas e beiras de campos,[11] mas como é uma espécie bastante adaptável[13] penetrou com sucesso nas áreas de lavoura e cidades, exigindo porém a proximidade de água. É visto com frequência percorrendo o solo, mas nunca longe das árvores.[11] É uma ave territorial mas relativamente tímida, e seu canto melodioso, aflautado e frequente logo denuncia sua presença, podendo ser ouvido a mais de 1 km de distância. Seu canto é longo, podendo durar até dois minutos sem interrupção. A frase principal tem de 10 a 15 notas, mas ele é capaz de imitar as vocalizações de outras aves como o curiango e o joão-de-barro e assimilar trechos em seu próprio canto, em inúmeras variações. Canta principalmente no período reprodutivo, antes do amanhecer e ao anoitecer, para atrair a fêmea e demarcar seu território.[1][2]
É uma das aves mais populares do Brasil, sendo uma presença comum em seu folclore e mesmo na cultura erudita, tendo sido por isso escolhida como seu símbolo em 2002.[2][12] De acordo com o ornitólogo Johan Dalgas Frisch, um dos principais defensores da nomeação, ela se justifica porque este sabiá é conhecido por crianças e adultos, é comum nas zonas rurais povoadas e nas cidades, e por isso é sentido como uma ave familiar por grande parte da população, e porque "tem qualidades impares. Não existem dois sabiás que cantem da mesma maneira.... os sons maravilhosos do sabiá desabrocham nos jovens corações veios poéticos, tão puros e belos como se um cego abrisse seus olhos ao ver a luz e as cores das flores na terra.... uma lenda indígena assegura que quando uma criança ouve, durante a madrugada, no início da Primavera, o canto do sabiá, será abençoada com muita paz, amor e felicidade".[20] Em ofício ao presidente Fernando Henrique Cardoso, a comissão de ministros encarregada da escolha justificou-se dizendo que o sabiá-laranjeira tem larga distribuição nacional e porque é, dentre as aves, "a mais inspiradora e, conseqüentemente, a mais aclamada e decantada pelo sentimento popular e cultural". Em pesquisa de opinião realizada pelo jornal Folha do Meio Ambiente 91,7% dos entrevistados manifestou seu apoio à decisão.[21]
Canção do Exílio:[4]
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Chico Buarque escreveu em 1968 em conjunto com Tom Jobim uma canção.
Outros autores famosos também deram ao sabiá-laranjeira notoriedade artística, como Carlos Drummond de Andrade[25], Jorge Amado.[4] Luiz Gonzaga, Milton Nascimento e Patativa do Assaré.[22]
Fonte = Wikipédia, a enciclopédia livre.