SOFRIMENTOS INSUSTENTÁVEIS
SOFRIMENTOS INSUSTENTÁVEIS
“Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama a si mesmo.”
(Paulo {Efésios, 5:28})
Muitas vezes, o apóstolo dos gentios tem sido acusado de excessiva severidade para com o elemento feminino. Em alguns trechos das cartas que dirigiu às igrejas, Paulo propôs medidas austeras que, de certo modo, chocaram inúmeros aprendizes. Poucos discípulos repararam, na energia das palavras dele, a mobilização dos recursos do Cristo, para que se fortalecesse a defesa da mulher e dos patrimônios de elevação que lhes dizem respeito. Com Jesus, começou o legitimo feminismo. Não se compreende mesmo com nossa mente privilegiada pela inteligência, por quê a mulher sempre foi espezinhada, colocada a um plano bem inferior aos homens, desde os tempos mais remotos até os dias atuais. Jesus na sua sublime missão, na cativação dos humanos pelo amor, pela caridade inseriu em suas leis o feminismo, porém o homem na sua incredulidade, nas suas indulgências aproveitando-se do livre-arbítrio continuou a humilhar o ser (mulher), sujeitando-a as mais diversas barbáries que se possa imaginar; Rosa Gallica Veriscolor num momento de inspiração nos deixou esta pérola: A mulher, às mulheres.
Vejamos: Há mulheres da terra, que hoje estão no Céu; há muitas mulheres, que são o Céu na terra; símbolos alcançados por Deu; as celestiais esferas; como bandeiras, não de pano tecidas, mas entretecidas; de ideais e fibras de alma. Como são belas as mulheres de fibra! Tintas de esperanças, banhadas de imortalidade; tais são essas mulheres bandeiras, que meus olhos freqüentemente; Vêem desfraldadas no Céu. Maria Santíssima, senhora nossa, mãe de Jesus, em lágrimas na cruz, rogai por nós; para que veneremos a mulher. Todo texto está contido no livro Maria mãe de Jesus de Francisco de Paula Cândido Xavier e Yvone Amaral Pereira e Edison Carneiro. Uma verdadeira lição de dignidade, honradez e mérito.
O tempo é inexoravelmente caustico se iguala ao Espírito que não retrograda e nos deixa um sentimento de vazio, esperança e saudade. O espírito procura a evolução nas diversas reencarnações e no período em que passa na erraticidade planejando seu retorno ao orbe terrestre. Vivamos de forma que deixemos nossa participação na vida, pelo trabalho, pelo estudo, pelo esporte ou arte, pela religião ou pela política, seja lá pelo que for, mas descubramos pelas nossas aptidões, a melhor maneira de deixar este registro. Invistamos no presente para melhorar nosso amanhã, para garantir nossa velhice, nosso futuro, mas lembremos que o maior e melhor investimento estão no bem e quanto mais cedo nos dedicarmos a ele, melhor será o resultado. Felizes aqueles que cuidam das duas partes, do material e do espiritual, porque têm garantido os dois aspectos.
No que diz respeito ao lado espiritual a do bem, sabemos que devemos agir desinteressadamente, mas também temos ciência que essa é a melhor maneira de valorizá-lo. Dessas afirmações que citei subtrai o bem e o futuro. Todo futuro com o presente e a medida em que o tempo passa vira passado e ficamos aguardando-o novamente sua transformação. Ressalte-se que no passado, mulheres e crianças, sábios e intelectuais comeram o pão que o diabo amassou com a inquisição e as cruzadas. Contra tudo o que se passou nesta época é de se ficar extasiado, perplexo com as atrocidades praticadas pela igreja em nome de Deus. Inquisição significa intercalar, inquirir para julgar, condenar , tendo com plena liberdade o poder sobre a vida e a morte. Termo, dito em latim para intimar e estabelecer ordem nos aparatos do ódio e da crítica preconceituosa, no temor do enfraquecimento filosófico, terrível no colóquio do amor. A partir da primeira demência começa a primeira tortura. Algumas narrações horripilantes começam com o raiar do dia, a guarnição observava se o herege estava possuído. A pele modificada em conseqüência da intoxicação provocada pelo veneno dos aracnídeos. O choro dos enclausurados era constante nas gaiolas inquisitoriais. Muitos deles foram inquisidores no passado e hoje amargam essa vivência medieval. Ofereciam água e fel, jogavam a água ao chão para que as vitimas lambessem o piso, desesperados o fel era oferecido a seguir. A mulher e seu produto de assepsia seria o produto do pecado e da concupiscência sexual. Banhando-se, sentiam o atrito de suas mãos no banho pecaminoso. A reza constante , o terço segundo as interpretações das sacerdotisas, eram a segurança celibatária da abstinência, da ausência de práticas horrendas que gerassem libido, erogenia, orgasmo e ninfomania fornificante. Como admitir mulheres desvirginadas pela conjuntura da igreja sacerdotal? Tudo era doado; bens , patrimônios, moedas de ouro, prata e cédulas estrangeiras para a igreja, pela igreja, a favor da igreja.
A mulher para ser admitida na igreja tinha que pagar dote, ao ser virgem ou ter patrimônio para oferecer, enriquecendo ainda mais a igreja e aumentando o poderio soberano dos cardeais. As prostitutas não ingressavam nos conventos tinham de ser separadas para serem preparadas teologicamente. Como é sabido Jesus Cristo não fundou nenhuma religião, a igreja católica foi criada em 381 depois de Cristo.Citarei aqui alguns casos de cortar qualquer coração, mesmo os mais insensíveis. Senhores feudais, homens ricos, para serem conquistados a doar grande parte de suas terras e não poderia deixar herança para seus filhos, eram coagidos, e enganados com as freiras. As mulheres dos feudais eram capturadas, mortas e assassinadas. Quando tinham filhos, eram capturadas, acusadas de magia, heresia e outros pecados. O preço da liberdade seria o patrimônio, as moedas do baú, guardadas no seio das famílias . As mulheres eram testadas pela inquisição com enormes objetos pontiagudos . Quanto mais elástica era sua vagina, mais eram condenadas e acusadas de manterem coito satânico. A periculosidade das freiras, a anticoncepção; evitar a gravidez para não desonrar a igreja, o papa. Quando as famílias colocavam suas filhas no convento eram possuídas, e defloradas pelos inquisidores. A recém chegada era despida e torturada para a marca do Senhor, o ferro em brasa desferindo a marca, virgindade consciente no sofrimento consciente. A maca real tinha um V, de virgem, e um M, de Maria: virgem Maria. Outros fatos que não é bom citar como ponto final, a cada sacerdote um dote; a cada clérigo uma lei; a cada Papa, uma potestade diferente. Até os Papas se davam ao luxo de fornicar e desonrar mulheres indefesas, sem contar com as inúmeras mortes na fogueira. Joana D’Arc acusada de crime de heresia, foi condenada à fogueira pela “santa Inquisição” na França em 1431. è considerada o símbolo da resistência francesa contra o domínio inglês.
Dom Inácio de São Caetano arcebispo e inquisidor-geral do “Santo-Ofício” português, à época do Marques de Pombal. O Papa Sisto IV, que iniciou a construção da capela Sistina, em Roma, representado em afresco da biblioteca do Vaticano, foi o líder da igreja durante um dos períodos de maior intensidade da inquisição. Ao longo de mais de trezentos anos, a inquisição espanhola fez milhares de vítimas e, como a portuguesa, também atuou nas colônias. O Santo Ofício esteve presente em outros paises latino-americanos, inclusive no Brasil. Nossos pensamentos e atos nos tornam pesados como o chumbo ou leves como a brisa, a suavidade na voz, a doçura no olhar; a cordialidade no trato e a prestatividade no cotidiano nos envolvem com uma leveza indefinível. Permanecem as manifestações da vida espiritual em todos os fundamentos da revelação Divina, nos mais variados círculos da fé. Espiritismo em si, portanto, deixa de ser novidade dos tempos que correm, para figurar na raiz de todas as escolas religiosas . O Espiritismo é amor, a caridade e a fraternidade são atributos dados por Deus, que continuemos em nossa missão de ajuda fraterna as mais carentes, e que os espíritos Superiores estejam sempre a iluminar nossos caminhos na trilha do amor ao próximo e ressalte-se: Fora da caridade não há salvação. Irmãos instruívos; Orai e Vigiai.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO-OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR.