PLÁGIO - O copy and past de cada dia

O plagio pode ser definido como: apropriar-se ou copiar em totalidade ou em parte trabalho intelectual sem autorização do autor ou sem indicação da verdadeira origem.

O Dr. Gabriel Perissé argumenta em seu artigo

"O Conceito de Plágio Criativo" encontrado no link:

(http://www.hottopos.com/videtur18/gabriel.htm)

“Por mais prosaico que seja o texto que precisamos escrever, por mais objetiva que seja a necessidade de uma carta ou um e-mail, temos de levantar essas pontes com nossas palavras, com nossa personalidade, e fazer delas um caminho vivo para a comunicação interpessoal”.

Isso para muitos ainda é algo trabalhoso e enfadonho, no caso de quem atua com a escrita pode se transformar num vício profissional desastroso, que adiante eliminará seu próprio crédito jornalístico ou literário através das observações e análises dos leitores mais capciosos e atentos. Talvez alguns jornalistas “modernos” acreditem que o simples fato de copiar trabalhos anteriores e reeditá-los em paráfrases seja algo contundentemente aceitável.

Infelizmente é muito usual entre os editores mais preguiçosos deixar sequer de pesquisar sobre o assunto que tratam e revisam nos portais noticiosos. Culpando a falta de tempo, inexperiência pessoal, etc. No caso dos repórteres o excesso de pautas aliados às desculpas chinfrins são os argumentos mais utilizados.

De modo geral, quem não planeja a pesquisa e o que deseja pesquisar irá acabar caindo nesse filtro dos plagiadores expostos e execrados pela imprensa mais cedo ou mais tarde. Até porque quando esse “autor” consegue se tornar referência em algo, passa a ser consultado com mais assédio por outros leitores e especialistas. Provavelmente nesse momento a farsa se desfaz quando é lido por alguém mais diligente ou na pior das hipóteses pelo próprio autor o qual teve a infelicidade de copiar sem a devida citação.

Um caso não muito antigo e amplamente conhecido é do ex-repórter do New York Times: Jayson Blair, ele utilizava-se de fontes variadas de inúmeros jornais americanos e até de imagens habilmente modificadas para servir como plano de fundo nas suas matérias, conferindo o ar verídico necessário para suas produções. No caso citado, o jornalista escreveu como se fosse correspondente em outros estados, simulou entrevistas onde não presenciou nem a sombra do entrevistado e até deu furos que nunca ocorreram!

No Brasil existem muitos casos de plágio, sua maioria está na internet. Alguns mais discretos com usos indevidos de frases, trechos curtos ou mesmo capítulos inteiros das idéias pessoais de autores conhecidos pelo grande público por sua contribuição as artes e ao pensamento nacional, os exemplos mais comuns são: Arnaldo Jabor, Luís Fernando Verissímo, Walter Salles e renomados pesquisadores das principais instituições de ensino e pesquisa brasileiras.

Até eu, um jovem com modesto conhecimento literário já fui vitima de plágio de poesias e crônicas, após publicação num blog pessoal. Felizmente avisado por outros leitores através de e-mails consegui eliminar os pseudos autores e forçá-los a creditarem corretamente suas cópias. Hoje tudo que escrevo de cunho pessoal vai com copyright no rodapé.

Ainda pensando de modo menos formal, critico veemente essa prática como maneira de creditar o uso perverso, antiético e imoral que o plágio confere a quem não deve ser visto como autor. Simplesmente é uma falta de vergonha e responsabilidade com quem irá ler o que se deseja transmitir.

Usar indevidamente informações sem dar crédito aos pesquisadores, analistas, artistas e intelectuais responsáveis legais por suas publicações é no mínimo um desvio de conduta que precisa ser punido de acordo com as leis do direito autoral nacional e internacional vigentes e pelo visto ainda pouco conhecidas por muitos brasileiros.

Essas devem ser amplamente difundidas nas escolas desde o ensino médio, afim de inibir um comportamento que só atrapalha o desenvolvimento das pessoas e confunde os leitores inocentes ou leigos que desconheceram os verdadeiros autores de várias obras lidas diariamente na rede mundial de computadores.

Nem desejo comentar se o infeliz resolver imprimir tal delito. Ai é duplamente irresponsavel. E dependendo da tiragem escolhida pode até se transformar numa vergonha nacional e sem competência profissional.

E você? Quer correr o risco?

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 17/02/2007
Reeditado em 09/04/2007
Código do texto: T384086
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