O HOMEM É UM DIAMANTE
Ele se forma após mutação de alotropia do carbono; recebe altíssimos aditivos de pressões e fráguas em ardor; ficam inumados na profundeza abissal terrena; e para se aperfeiçoar gasta mais milhões de anos.
Em sua forma bruta, inexoravelmente possui baixo valor e muitas vezes são confundidos com outros materiais rejeitáveis. Em geral somente os dilatados instrutores conseguem distingui-lo; e com muita aptidão e resignação o lapida para que aufira sua magnificência maior; e abranja o fastígio de seu valor; assim são os diamantes; e eles não são tão dessemelhantes de nós, os homens!
Se cursarmos a linha indutiva da procela, entenderemos que temos quase a mesma ascendência. Ao longo de séculos pelejamos para resistir como “iguais” numa sociedade que articulamos e afiançamos que são de “irmãos”; onde os denodos são opostos e as altas cargas de pressões nos colocam praticamente de volta a profundeza da matriz materna.
Os catedráticos mais circunspectos, aqueles que possuem valores reais que se combinam entre o conhecimento e a filosofia, tentam constituir estes grupos de “nós”, para que tenhamos internamente os mesmos valores que habitam o Panteão da Verdade; mas ainda há estiramento mor, que nos abjuram ao espólio do infortúnio.
Nascemos como se fossemos o carbono; depois viramos diamantes brutos e necessitamos ser lapidados na forma mais límpida; e de maior agregação de valor. Somente depois de possuirmos como bandeiras pessoais a liberdade, a igualdade e a fraternidade é que finalmente podemos afirmar que somos diamantes lapidados, e mesmo assim; não podemos permitir que eventos conspurquem nossos corpos, para que não voltemos a ser confundidos com o lodo do mais desprezível charco.
Os enigmas do Orbe somente serão despontados aos homens de boa pretensão; aqueles que amanhem, em veridicidade, as pilastras do alvedrio, da equidade e a autoridade do termo “correligionário”...!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires