Inconformismo

                                               
 
Fabiano não é do tipo que lê uma notícia no jornal, ou assiste no noticiário da televisão e digere com facilidade.
            Não, ele não é um crédulo inconsequente, e daí levanta suas dúvidas na morte de Bin Laden.  Com razão, evidente.  As circunstâncias apontam incertezas de ponta a ponta na morte do chefe da Al Queda.  Não se sabe onde está o corpo.  Os norte-americanos dizem que está em lugar onde não pode ser cultuado por muçulmanos, mas o autor lembra que não é hábito dos árabes maometanos a prática do culto e visita às sepulturas, lembrando que o próprio Maomé tem poucas visitas na sua última morada.
            Leitura demais envolvente, muitos fatos históricos são levantados: a morte de Kennedy, com o seu segundo assassinato no Relatório Warren, na ocasião presidente da Suprema Corte americana.
 Segue argumentando que a organização chefiada por Bin Laden não teve origem terrorista, mas de combate às forças russas no Afeganistão, numa trama bem sucedida dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
            Fabiano duvida sempre, e suas sucessivas interrogações levam o leitor atento a acompanhar bem sua linha de raciocínio.  Laden foi morto como?  Qual a causa de não terem sido apresentadas provas ao governo afegão que ele era o culpado pela destruição de 11 de setembro?  Uma série de dúvidas e lacunas que não são compatíveis com o nosso raciocínio. 
            Bin Laden não é o único e a lista é longa.  Che Guevara, morto na Bolívia, Fidel Castro com inúmeras tentativas de assassinato pelos órgãos de inteligência americanos, e bem recente, Saddam Hussein e Muamar Khadafi.  A diplomacia do tacape continua imperando em Washington.
            A morte de Laden não é posta em dúvida.  Pergunta-se apenas: como?  A de Kennedy todos vimos, mas a autoria continua sendo misteriosa, como a levantada por Anderson Fabiano e curiosidade de todos nós.
 
            Prefácio ao livro “Bin Laden não morreu”, de Anderson Fabiano. 
 
 
 

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 03/08/2012
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3811363
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.