VIOLÊNCIA DO COTIDIANO

A dignidade das pessoas está em saber receber críticas quando elas têm um cunho meramente construtivo. Hoje, a violência é assunto predominante nos meios de comunicação de todo Brasil, e quiçá do mundo. Ela vem grassando no seio das famílias, com variadas formas e modus operandis. Pais, irmãos, tios, avós e parentes afins estão no écran e participam dessa violência. Chegaremos facilmente à conclusão que a violência vem com a exacerbação da agressividade, provocada na maioria dos casos pelo acirramento dos conflitos sociais, pela degradação do meio ambiente e pelos desequilíbrios sociais e econômicos. A infestação da violência nas camadas menos aquinhoadas pode ter viés na má formação familiar, na falta de escolaridade para a maioria dos componentes da classe epigrafada, mas com pequenas exceções. Verbas e programas existem, bem como, o assistencialismo que gera fatores degradantes da ociosidade, que acomoda quem recebe e faz uso dessa mísera quantia. As boas maneiras ficam para trás e muitos se entregam ao alcoolismo e consumo de drogas, esquecendo aqueles que dependem dessa afortunada quantia para sobreviver.

Vigilante executa três pessoas. Com ciúmes da companheira, um vigilante mata a mulher, a filha e o suposto amante. Octogenário morto por assaltantes no Bairro Pio XII, adolescente mata pai em Flecheirinha, zona Norte do Estado, o criminoso é um menor de 15 anos. Homem agride mulher e joga bebê contra a parede. O ciclone do mal parece que está graçando em Fortaleza e suas conseqüências são enraizadas em todo estado do Ceará. Podemos acrescentar fatores que aumentam a violência em todos os setores: inveja, ciúme, ódio, ócio, falta de educação, desemprego, consumo exagerado de álcool e drogas, conflitos familiares vingança, adultério, fome, auto defesa, afetividade, causas orgânicas, falta de moradias, escolaridade e Deus no coração. Segurança se faz com bom senso, boa vontade e responsabilidade social, disciplinando as ações e atribuições das polícias com efetivo condizente, treinado e bem remunerado. Quem almeja uma boa segurança tem que investir e não sai barato, é por demais dispendiosa.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE