Passageiros.
Não sei dizer ao certo quantas estrelas existe no infinito e muito menos falar corretamente do quanto que existe de fato de seres habitando este mundo como gente.
Mas nas noites de lua clara posso ver de vez em quando algum rastro de uma estrela cadente e ai fico pensando na quantidade de almas que aqui habitavam e que agora são apenas lembranças que existe na gente.
Eu acredito, e desculpe-me os que pensam ao contrario, que nós também somos cadentes como as estrelas, já que partimos depois de um determinado tempo, só não sei dizer o destino para o qual estaremos indo, como também ninguém consegue me explicar o porquê desta minha forte impressão de já ter conhecido certo alguém mesmo sendo a primeira vez que o tenha visto.
Somos sim, podem acreditar, somos cercados de mistérios, mas pior fica quando nós mesmos nos tornamos misteriosos e com isto passamos a não aceitar conselhos, a não dar valor a quem dizemos amar, ou não acatar os nossos progenitores, e o pior que pode haver em matéria de mistério é este achar de uns ou outros que é dono, da mulher, dos filhos, mesmo sabendo que um dia terá que ir embora, como se fosse uma alma cadente, mas na certa não ira riscar o céu, pois aqui na terra deve ter deixado muito pecado pendente.
Mas o certo é que, para não deixar o dito pelo não dito o melhor a fazer é usar todo o nosso tempo que foi nos permito aqui ficar e fazer deste tempo um ato puramente bendito, pois enterrados ou cremados isto não importa tanto, o que vale é partir sabendo que mesmo não tendo feito o bastante o que nos foi permito fazer fizemos direito,