Ora, um passo de cada vez, se estamos em uma transição tecnológica deveríamos ao menos saber ler.
Alagoas hoje escreve em seu caderno de folhas amassadas a lamentação de um mercado improdutivo por falta de oportunidades empregatícias, sem esquecer que quando elas existem nasce um novo problema, a falta da qualificação profissional.
Antes o que víamos em cada esquina eram mercearias de senhores calejados que viam nesta uma oportunidade de empreendimento para seu próprio sustento, hoje o que se vê nas esquinas são indústrias educacionais cujo objetivo ainda não está esclarecido, para aonde vão nossos bacharéis?
A educação precária assusta nosso estado, impossível imaginar que existem pessoas que não possam ler estas palavras porque simplesmente não sabem ler, é sarcasmo citar simplicidade em meio a esses termos, pois por algo tão “simples” poderíamos mudar o mundo.
Como imaginar que daqui a vinte anos poderemos fazer down loads diretamente para um chip implantado em nossas mentes se, do jeito que estamos, chegaremos lá sem sequer saber apoiar o lápis entre os dedos. O comportamento de pessoas em inclusões digitais é um excelente trabalho, diga-se de passagem, mas por que não um projeto de inclusão ao leitor, por que não BOOK HOUSES em vez de LAN HOUSES já que elas permitem que pessoas que nunca entraram em um mundo digital desfrute desta ferramenta. LAN HOUSES não causam malefícios, não a principio, mas epidemias de bibliotecas seriam mais proveitosas que jogos em rede, seriam como uma abelha e seu mel causando benefícios a si mesma e ao homem.
Não estamos preparados para tamanha absorção, precisamos voltar aos primórdios, aprender primeiro a ler, a gostar de ler, criar o hábito, para assim poder se aprimorar, poder desfrutar das oportunidades, pois elas virão como conseqüência da nossa evolução, ora, um passo de cada vez.