Contra o Comércio Escravo de Mulheres e Meninas
A Doutora Helga Konrad, ministra austríaca, representante especial da organização européia contra o criminoso comércio de seres humanos, permitiu a publicação de sua intervenção por ocasião da conferência em Genéve, Suiça, cujo resumo tirado da revista Femina, para não só mulheres, mas também para os homens, que traduzi do Esperanto. Trata-se da exploração de mulheres e crianças, principalmente, meninas, da Europa sul-oriental nos Balcâs, considerando-se também as áreas, como Kosov, onde depois da crise militar, esses crimes ainda não foram resolvidos. Cada ano, de dez a centenas de pessoas, em sua maior parte, mulheres e meninas, são vendidas, roubadas e obrigadas a situações de exploração, das quais é difícil fugir. São usadas como mercadoria pela indústria do crime internacional que já produziu milhões de dólares para as organizações criminosas e grupos, que agem praticamente impunes.
Nas áreas sofridas pela guerra ou conflitos, o problema do comércio de mulheres é agravado pela instabilidade social e pela fraqueza do poder legal, que dá mais espaço, esporadicamente, ao crime organizado. Mais ainda, a grande influência de pessoas uniformizadas, como nos Balcâs, --
mas, não sómente lá - cria um mercado para atividade sexual e lá esse mercado é sempre de maus comerciantes que se esforçam para tirar proveito disso. / As raízes do comércio humano, acha-se entre outras, na discriminação baseada no sexo, raça e religião, ligadas às estruturas patriarcais de nossa sociedade, inclusive criando os perigosos estereótipos de mulher como objeto sexual, serventes como "mercadoria". E a opinião largamente divulgada de que " homem é homem" , certamente aumenta esse fator. /Após a guerra, na ex-Iugoslávia, centenas de bordéis foram criados, como fungos, e as mulheres eram vendidas como cactus do Arizona. / Os abomináveis comerciantes aproveitavam as diferencas de "status" das mulheres vindas de outros países e tiravam proveito, também, da encomenda do trabalho escravo, mais barato, força de trabalho sem proteção e o florescimento do turismo sexual em muitos países. Esses cafetões (como falamos em português) diziam eles mesmos, que uma mulher pode ser comprada por 1.300 a 1.500 dólares e vendidas por 300 até 500 dólares à hora. Para eles, seres humanos são como coisas, mercadoria que dão muito lucro: pequeno risco, lucrativo, reuzado e reevendável. De fato, encontramos homens que crêem, que comprar uma mulher, significa que ela lhe pertence e que ele pode fazer com ela o que quiser: ofendê-la, seviciá-la e até mesmo, ferí-la. Segue-se que o mercado humano aumenta trágicamente. Grupos criminosos organizados lucram com esse comércio e o trabalho das pessoas manipuladas por eles. Em alguns casos, eles aproveitam até mais, usanco as mulheres como "trabalhadoras manuais" para outras finalidades criminosas, como intercâmbio e venda de narcóticos e armas. Por exemplo: na Macedônia, por ocasião da crise dos albaneses de Kosov, este comércio humano enfraqueceu durante certo tempo, porque o comércio ilegal de armas, fez-se muito mais lucrativo, o que mostra que os assuntos criminosos estão estritamente ligados entre si. / Conflitos armados, não somente na Europa Sul-Oriental, mas em toda a parte do mundo, comprovam que o sistema de perversão contra as mulheres tornou-se uma parte importante para a estratégia militar e que os corpos femininos são usados pelos homens como estratégia militar. O comércio de mulheres e meninas é pouco observado pelos direitos humanos. E todavia, os direitos das mulheres, continuam frequentemente sem reconhecimento, cujas agressões continua geralmente grande, tão somente considerando as regras e não as exceções
Guerras e crises causam transformações dramáticas na estrutura da vida social e no estado econômico dessas regiões após os conflitos e também atingem os países em situação de mudança." PARA LIBERTAR-SE DE RELAÇÕES DE MAUS TRATOS, ONDE ELAS SÃO MAIS AGREDIDAS E VIOLENTADAS, AS MULHERES PRECISAM NÃO SOMENTE DO APOIO SOCIAL E ECONÔMICO, COMO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA ".
Mulheres (e também frequentemente as crianças e idosos) são mais pesadamente sofríveis por essas transformações, do que os homens. Assim é que a população feminina é mais vulnerável.