SEM HOLOFOTES
Parece que estão em moda as “grandes revelações” ocorridas no passado; digamos cerca de vinte, trinta, quarenta anos ou até mais. A sensação é de um processo de exumação. Revelar verdades julgadas, que nos momentos apropriados, foram amplamente exploradas, esclarecidas ou aceitas pela sociedade? Que de interessante há nisso?
Olha outra coisa, uma apresentadora famosa fez revelações íntimas pela mesma emissora. Como foi ingênua uma pessoa já amadurecida, pelo tempo, revelar que durante a adolescência era ou foi abusada na sua sensualidade e não sabia o que estava fazendo. Esta, nem brasileiro acredita!...
Será que tudo, em termos de notícias já foi explorado e por falta de assunto, fatos de triste memória acontecidos num passado, são imprescindíveis? Que tipo de televisão é esta? Cada vez mais vejo que o livro, a obra literária é um veículo que guarda nas suas entrelinhas revelações que poderão ser consultadas e nos oferecem revelações, sem holofotes, de fatos que na verdade aconteceram que trará ao pesquisador ou leitor grandes emoções. Nisto tenho certeza.
Como é gostoso folhearmos um livro e tomar conhecimento de revelações ocorridas há séculos anteriores!... O livro é uma instituição viva.