Cardeal Eugênio Sales
O Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales voltou para a casa do Pai Nosso. Cabe-lhe com propriedade a idéia de “rocha” com que Cristo caracterizou Pedro, no sentido de alicerce referencial de sua Igreja
No mundo católico houve os inquietos que prefeririam vê-lo mais liberal. Mas ele foi um educador na fé. E tinha plena consciência de que não há educação sem o traçado dos limites. Por isso não concordava com tudo o que a modernidade pretende, porque isso deformaria o perfil da fé.
A morte faz-nos ver o tamanho da pessoa. Na vida analisamos os detalhes e os momentos. Na morte vemos o todo. Como o mestre que na última aula do ciclo faz a síntese da matéria para o aproveitamento dos discípulos. A morte obriga-nos a juntar as pedras esparsas do quebra-cabeças para formar a figura completa. Lição que principal que Dom Eugênio Sales nos deixa: alguém pode ser Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro e não se deixar envolver pela vaidade clerical. Pode cumprir com integridade o voto episcopal e o mandato cardinalício. Seu lugar foi ocupado dignamente por outros. Mas seu modo de ser é algo absolutamente pessoal.
Sua presença e sua palavra, em reuniões pequenas ou mais amplas, inspiravam respeito e segurança. Longos anos testemunharam isso. Sabia dizer e sabia ouvir.
Há uma mensagem que se transmite na sua autenticidade. Não é de Dom Eugênio Sales e não foi ele que a fez. Vem de Deus. E o Cardeal Sales foi fiel até o fim a esse tesouro revelado. Como todos nós, aliás, devemos ser. Não se trata de corrigir Deus. O mundo é que precisa ser advertido e corrigido. Não é tarefa nossa converter Deus. Nossa tarefa cristã é converter o mundo para Deus. E é nisso que o Cardeal se esmerou e consumiu suas energias. De modo exemplarmente incansável. Não foi fácil o seu pastoreio. Jamais alguém o acusou de leviandade ou omissão. Contrariamente a isso, sua firmeza granítica incomodou. Mas o cristianismo nunca foi fácil. Nem para o próprio Cristo.
O que importa agora é a lição que fica dessa figura notável que hoje homenageamos com profundo respeito e total acatamento à sua memória.
“Tempora bona habeatis!”
O Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales voltou para a casa do Pai Nosso. Cabe-lhe com propriedade a idéia de “rocha” com que Cristo caracterizou Pedro, no sentido de alicerce referencial de sua Igreja
No mundo católico houve os inquietos que prefeririam vê-lo mais liberal. Mas ele foi um educador na fé. E tinha plena consciência de que não há educação sem o traçado dos limites. Por isso não concordava com tudo o que a modernidade pretende, porque isso deformaria o perfil da fé.
A morte faz-nos ver o tamanho da pessoa. Na vida analisamos os detalhes e os momentos. Na morte vemos o todo. Como o mestre que na última aula do ciclo faz a síntese da matéria para o aproveitamento dos discípulos. A morte obriga-nos a juntar as pedras esparsas do quebra-cabeças para formar a figura completa. Lição que principal que Dom Eugênio Sales nos deixa: alguém pode ser Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro e não se deixar envolver pela vaidade clerical. Pode cumprir com integridade o voto episcopal e o mandato cardinalício. Seu lugar foi ocupado dignamente por outros. Mas seu modo de ser é algo absolutamente pessoal.
Sua presença e sua palavra, em reuniões pequenas ou mais amplas, inspiravam respeito e segurança. Longos anos testemunharam isso. Sabia dizer e sabia ouvir.
Há uma mensagem que se transmite na sua autenticidade. Não é de Dom Eugênio Sales e não foi ele que a fez. Vem de Deus. E o Cardeal Sales foi fiel até o fim a esse tesouro revelado. Como todos nós, aliás, devemos ser. Não se trata de corrigir Deus. O mundo é que precisa ser advertido e corrigido. Não é tarefa nossa converter Deus. Nossa tarefa cristã é converter o mundo para Deus. E é nisso que o Cardeal se esmerou e consumiu suas energias. De modo exemplarmente incansável. Não foi fácil o seu pastoreio. Jamais alguém o acusou de leviandade ou omissão. Contrariamente a isso, sua firmeza granítica incomodou. Mas o cristianismo nunca foi fácil. Nem para o próprio Cristo.
O que importa agora é a lição que fica dessa figura notável que hoje homenageamos com profundo respeito e total acatamento à sua memória.
“Tempora bona habeatis!”