NIETZSCHE E O SUPER-HOMEM

Nietzsche afirmava que nossa vida, marcada pelas ilusões, pela ética cristã, no caso da Civilização Ocidental, e pela moralidade religiosa em geral, nos baliza entre limites muito estreitos.

O homem só galgaria um estágio superior quando se desvencilhasse dessas amarras e dessas limitações. Seria o estágio em que ele se tornaria um "Ubermench" ( um "além-humano" ou "super-homem").

Esse ideal de homem, na vida em sociedade, parece não haver indicativo algum que possa surgir. Particularmente, penso que alguém de FÉ "robusta", um religioso sincero, que acredita honestamete num Deus todo-poderoso e benévolo, e se conduz conforme os preceitos nos quais acredita, essa pessoa está muito mais próxima da felicidade do que, digamos assim, um "niilista convicto".

(Um adendo: Se bem que a "sensação" niilista, de não crer em nada -em Deus, em Alma, num Sentido da Vida, ou numa cosmovisão teleológica de tudo o que existe- e de negar todos os valores culturais- éticos, religiosos...- não resolveria o grande problema existencial da vida humana (pelo contrário, o niilismo provoca a vontade de não viver, já que a vida é um erro). A iconoclastia daqueles valores teria que substituir tais valores por outros que justificassem esta vida por ela mesma, e não a vivêssemos como um "estágio" para outra transcendental. Para Nitizsche, vencer o niilismo seria o grande desafio. Esse pensador alemão desejava ir além das teses de Schopenhauer, também filósofo alemão, extremamente pessimista, para quem a vida era uma pertétua amargura.

Particularmente, Nitzsche se pôs contra os valores éticos propugnados por Jesus Cristo e Sócrates, os de proteger o mais fracos- evitar que estes fossem engolidos pelos fortes, os da submissão, enfim, a "justiça dos fracos". Para Nitzsche, o verdadeiros valores eram a bravura e a valentia. Ser forte, um "super-homem", eis o ideal a ser alcançado.

Concretamente, porém, as propostas de Nitzsche, somadas com as idéias darwinistas de Seleção Natural, e as de Raça Superior, se constituíram no respaldo ideológico da Nazifascismo. Em 1938, algo sintomático!: No encontro de Hitler com outros líderes europeus- o Acordo de Munique- o tirano alemão presenteou o colega italiano, Mussolini, com a coleção completa de Nitzsche).

Que pensam vocês (eventuais leitores desse artigo).

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 09/07/2012
Reeditado em 15/05/2013
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