A morte para Steve Jobs

     Steve Jobs usou seus dons e talentos naturais para recriar a Apple. Fundiu alta tecnologia com design, marcas e moda. A Apple sempre esteve mais longe de uma fabricante de computadores meio nerd e mais próxima de uma multinacional impulsionada pelo valor de sua marca, como a Nike e a Sony: uma mistura única de tecnologia, design e marketing.
     Onde alguns veem mania de controle, outros veem um desejo de construir uma perfeita experiência para o consumidor do início ao fim. Em vez de perfeccionismo, uma busca pela excelência. Em vez de insultos aos gritos, a paixão por deixar uma marca no universo. Jobs foi o homem que transformou os traços de sua personalidade em uma filosofia de negócios.
     Em 2005, fez uma palestra de abertura para uma turma de formandos de Stanford e boa parte do discurso dizia respeito às suas expectativas quanto à morte, como se segue:
“Lembrar-se de que vai morrer é a melhor forma que conheço de evitar a armadilha de pensar que tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivos para não seguir as escolhas do seu coração. Ninguém quer morrer, ainda assim a morte é o destino que todos compartilhamos. (...)                                                 O seu tempo é limitado, então não o desperdice vivendo a vida de outras pessoas. Não se deixe imobilizar pelos dogmas – o que equivale a viver com os resultados daquilo que os outros pensam. Não deixe que o ruído das opiniões dos outros afogue sua própria voz interior. E, o mais importante, tenha a coragem necessária para seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você quer se tornar. Todo o resto é secundário.”

A cabeça de Steve Jobs / Leander Kahney; [tradução Maria Helena Lyra, Carlos Irineu Costa. – 2ª Ed.]. – Rio de Janeiro: Agir, 2009.

*Visite-nos no mindasks.blogspot.com
mindasks
Enviado por mindasks em 06/07/2012
Código do texto: T3764107