Estamos nas mãos dos bárbaros urbanos.

A cada hora que passamos discutindo como tratar o bandido animal que se esconde sob os rótulos de:

a) sou di menor;

b) direito do cidadão;

morrem 10 inocentes (homens, mulheres, crianças e idosos) de forma violenta pois o assaltante não fica satisfeito em encontrar apenas 50,00 na bolsa do trabalhador. O que estão esperando para agir? Será preciso matar uma personalidade da sociedade por dia para que a polícia corrupta comece a agir? Ou teremos de nos armar para pelo menos morrer lutando? Eles estão queimando ônibus, arrastando crianças presas ao carro furtado, metralhando postos policiais incapacitados para defender a sociedade que depende de suas habilidades para realizar tal trabalho.

Curiosamente, estes policiais despreparados para tomar conta das ruas, formam milícias que cobram mesadas de moradores e comerciantes de comunidades pobres. Aí, eles se organizam e portando armas modernas expulsam traficantes da área onde atuam.

E os habitantes dos centros urbanos que pagam impostos para transitar com liberdade pelas ruas onde moram e trabalham, que permaneçam entocados em suas casas torcendo para que sua residência não seja invadida por meliantes ou por balas perdidas.

Se tentar recorrer à força policial, vai encontrar os seguintes obstáculos após 20 horas:

a) viaturas policiais (as que possuem gasolina no tanque) não circulam por ruas mal iluminadas. Quando muito, estacionam numa praça de um bairro nobre;

b) delegacias fecham as portas para não serem invadidas por marginais;

c) os 40 atendentes diurnos do telefone 190 são reduzidos para 2;

d) autoridades policiais só aparecem em público para lamentar um fato doloroso já consumado e dizer que foi uma ocorrência “pontual” (mesmo que 5 fatos similares ocorram na mesma semana). Jamais apresentam um plano preventivo concreto para combater a criminalidade. Quantos inocentes terão de ser trucidados barbaramente para que a sociedade pressione as autoridades para trabalharem em troca dos altos impostos que pagamos?

E ainda dizem que no Iraque existe clima de insegurança!

Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ - fev/2007

Autor do livro: Brinque e cresça feliz