Bendito o ano presente
O ano passou! Para muitas pessoas, este vai começar agora no mês de fevereiro. Àqueles que puderam passar a virada do ano de bem com a vida, serão mais felizes do que outrora, de fato, voltam para a rotina normal de suas vidas, mas com a vontade de transformar o que já era bom em melhor. Outros pela possível carência de expressão cordial-fraterna durante o ano transcorrido de 2006 não têm muito que comemorar. Para estes, existe apenas o consolo da esperança. Na verdadeira alegria que encanta o nosso ser por tão grandioso espetáculo da natureza chamada tempo, tal realidade nos garante a possibilidade de que é possível recomeçar. Para alicerçarmos mais a maneira como queremos por livre e espontânea vontade viver, estudamos, trabalhamos, partilhamos alegrias e tristeza, felicidade e dor, momentos de comunhão e solidão, acima de tudo, construímos amizades, crescemos na fé, na caridade e, para alguns poucos, na espiritualidade que nos assiste como pessoas orantes. A capacitação da nossa razão a nível intelectual também é desejo de todo ser humano.
Somos felizes por iniciarmos mais um ano? Devemos acreditar que sim! E a felicidade se nos anos passados não fôra tanta, novamente temos a oportunidade de reverter esse quadro desolador. Iniciamos mais um ano, possivelmente com tantas novidades quanto em anos anteriores. Motivos para esperança? Sim e muitas! Sabemos das debilidades particulares a cada um de nós, todavia maior do que os problemas presentes no restrito mundo a nossa volta, é a disposição interior em querer ser melhor ou, na pior das hipóteses, começar tudo de novo.
Bem-vindos! Todos nós a mais este novo ano. Mais uma vez a bondade de Deus com certeza estará em nossas vidas, na medida em que compreendemos sermos uma família e na diversidade de nossas personalidades e dons, formamos uma só comunidade. Para isso, necessitamos do perdão e da concórdia. Será que estamos preparados e de coração aberto para perdoar? Para estar com o outro que não precisa de aceitação, mas de nosso acolhimento interior em querer caminhar nesta vida junto com ele? E mais ainda: será que estamos dispostos a deixar de lado as mágoas do ano passado, para viver uma nova realidade onde a solidariedade seja eficaz em nossas vidas?
Encontramo-nos novamente e mais uma vez num estado de esperança. Uns a abandonaram por diversos motivos, outros ainda resistem a cada inverno que passa, acreditar que existe uma primavera mais à frente. Contudo, nós que aqui estamos perseverando neste tempo e espaço, somos os protagonistas de uma nova realidade para as nossas próprias vidas. Para que tudo ocorra segundo a vontade de Deus, sejamos abertos às mudanças que poderão advir, aceitemos a nossa condição de seres com limitações e vivamos no mais doce e especial sentimento de que Deus nos chama a partilhar de Sua divindade na medida em que nos consideramos como filhos d’Ele. Para isso, a única exigência é apenas termos a capacidade de amar e deixarmos ser amados.
Que Deus nos abençoe neste ano de 2007.