Que alguém nos ouça.
Quando se esta vivendo a terceira idade é de conhecimento e possível realidade que em todo ou quase todo amanhecer sempre aparecem dores no corpo para doer. É um dói aqui, um dói acolá, dói todas as juntas e até as que não estão juntas, e ao levantar da cama costuma a cabeça girar nos alertando que talvez seja uma possível labirintite, como se já não bastasse um tanto da surdes adquirida, da visão um tanto embaçada, e da memória que já parece não estar dando conta de nada.
Mas se engana quem muitas vezes nos despreza, digo nós porque também faço parte deste quadro, pois se eles pensam e acham que estamos acabados é ai que muitos pagam os seus pecados, é que na verdade eles, a maioria dos jovens de hoje pensam que o nosso tempo já passou e que o mundo evoluiu e que esta nova mentalidade, este novo modo de agir é que tem o seu valor, e que nós apenas devamos ficar no nosso papel e aceitar que hoje somos apenas avós. E ai fico aqui pensando com os meus botões, já que ninguém mais quer me ouvir, como será o amanhecer destes tais jovens que insistem em não querer obedecer? O que será que mais doem neles? Para aqueles que ainda tem nem que seja um pouco, na certa é a consciência, e os outros... Se não se cuidarem pode até não haver um amanhecer para que algo neles possa vir a doer.