A interferência da parcialidade de gênero na ciência
É realmente considerável a interferência da parcialidade de gêneros quando se
diz respeito principalmente á ciência como a biologia, paleoantrpologia, antropologia e
até medicina.
A visão feminina proporcionou nestas áreas ponderações diferentes sobre
a própria evolução humana, como no caso da biologia e paleoantropologia. Bem
especificadas no livro “Ciência. Conceitos-chave em filosofia”. As idéias colocadas das
teorias do “Homem caçador” e da “Mulher coletora” deixam esclarecidas o quanto
pode variar e chegar a resultados lógicos e aceitáveis teorias na visão feminina e na
visão masculina.
Fica evidente que parece que a contextualização histórica veio a definir muitas
linhas de raciocínio baseada em concepções machistas e dogmas já estabelecidos pela
sociedade, cultura e religião.
Na área da medicina, principalmente em pesquisas relacionadas a doenças e
cuidados coma sexualidade também se torna evidente a diferença da interferência
feminina. Na medida em que pesquisas que partem das mentes masculinas parecem
focar somente em problemas masculinos. Bem como na questão da segurança no sexo
focam soluções baseadas na responsabilidade da mulher enquanto progenitora. O que
parece tornar ela a única responsável pelo problema.
Mas seguindo paramos com o problema de como compreender a interferência
da parcialidade de gêneros nas ciências como física e matemática. Até onde teorias
físicas e leis matemáticas estariam à mercê do entendimento das mentes masculinas e
femininas.
Parece que caímos apenas nas questões sociais referentes a presença das
mulheres nestes campos. Na preconceituosa aceitação da melhor capacidade de
cálculo e raciocínio lógico superior do homem. O que já foi descartado por muitos
especialistas no assunto.
No entanto ainda assim não se consegue colocar o que seria modificado, ou o
que veria a ser descoberto se mulheres interferissem mais nestas áreas. Parece que
nada especificamente mudaria, justamente pelo fato da igual capacidade de raciocínio
de ambos os sexos.
O que pode acender uma chama para esta colocação é o que parte de uma
questão social muito bem levantada no livro “Qual foi o impacto do feminismo na
ciência?”. A questão que retoma o entendimento da mulher da aplicação da ciência.
Quando a autora coloca a visão militar e masculinizada do uso da ciência nas guerras
por exemplo. E a negação de mulheres a continuar a pesquisar assuntos da ordem da
física nuclear, por exemplo, em função da sua ignorante aplicação.
Poderíamos levantar a partir deste ponto e, relacionar com a questão social
da pouca participação efetiva da mulher na ciência devido ao preconceito machista,
considerações para uma real implicação racional nas descobertas cientifica seja
afetada pela parcialidade de gêneros.
Portanto o estudo a cerca deste assunto ao ser aplicado a determinadas áreas é
de grande êxito. Mas deixa a desejar em certo aspecto em áreas já citadas acima
como a física e matemática. No entanto, reforçando, é possível talvez chegar a um
raciocínio confrontando a analise social e os pequenos fatores históricos da correlação
ciência, homem e mulher.
Referência Bibliográfica:
FRENCH, Steven. Ciência. Conceitos-chave em Filosofia, páginas 139 á 152;
SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência? , páginas 293 á 329.
KELLER, Evelyn. Qual foi o impacto do feminismo na ciência? http://www.scielo.br/
pdf/cpa/n27/32137.pdf