2012: A NOVA ECONOMIA DA TRANSFORMAÇÃO
2012: A NOVA ECONOMIA DA TRANSFORMAÇÃO
ECONOMISTA E CONFERENCISTA WELINTON DOS SANTOS
Em dezembro de 2011, dizia em meu artigo The Money Tree, “O ano de 2012 será diferente de tudo que imaginamos na economia, no convívio social e na interação dos povos........Será um ano de muito sucesso para alguns países que não se envolverem com questões políticas regionais de outros países, a não ser para ajuda humanitária.......Várias dúvidas afetam o nível de confiança dos mercados financeiros e o capital irá ser alocado para praças mais seguras com menor influência sobre crises, em países às vezes, esquecidos pelo capitalismo na última década.” Como podem observar, estava certo em minhas colocações, mas agora é o momento de falar sobre uma nova realidade percebida por poucos.
Falar sobre a economia em 2012 não é atravessar um abismo de incertezas, mas sim ter a sensibilidade da mudança.
A inovação tecnológica aliada à interação de comunicação sem limites provoca uma visão diferente de nossa realidade, a Nova Economia pode ser assim chamada de “Economia Social Incorporativa”, pois, faz parte de uma rede integrada e sociável as populações do mundo.
Esta Nova Economia é a junção da Economia da Inovação + Economia Criativa + Economia Verde (Sustentabilidade) + Redes Sociais = Economia Social Incorporativa – SEI (Social Economy Incorporative).
Do telefone à nanotecnologia, destaque para o grafeno, composto por átomos de carbono com alta condutividade térmica e elétrica, flexível e 200 vezes mais resistente que o aço, com possibilidade de combinar outras substâncias químicas, torna-se um interessante material do futuro, ou será do presente? Este material pode substituir o silício e permitir a segunda revolução tecnológica.
Vamos aliar a tecnologia com a internet 2, que está sendo testada em várias universidades do mundo que tem um velocidade de até 2.000 vezes mais rápida que a internet atual, somando aos mais de 1 bilhão de pessoas que já fazem parte da rede Facebook (uma, de centenas de redes sociais); a integração do Linkedin (maior rede de negócios do mundo); as buscas majoritárias do Google (além de outras centenas de sites de busca); a disponibilidade de colocar vídeos no You Tube (o mais popular do seguimento); a criação de pelo menos 400 novos aplicativos por dia para os smartphones, com plataformas que contam com mais de 80 mil aplicativos (maio/2012); a sinergia de interação de redes de contato e o movimento da informação que cria raízes culturais, de uma nova literatura social, no qual, a linguagem está em construção em um ambiente virtual e ao mesmo tempo integrado.
Esta interação social está derrubando governos, mudando hábitos de consumo, provocando uma avalanche de oportunidades. A Europa, não poderá recuperar-se com fardo pesado de projetos sociais, somado à instabilidade de credibilidade financeira a não ser que invista na SEI (Social Economy Incorporative).
A Rússia, EUA, Japão, China e Brasil poderão beneficiar-se da atual situação econômica, ocupando novos espaços políticos e econômicos, porque contam com um dos pilares da SEI, mas mesmo estes precisam investir em Economia Criativa (aumentar as exportações desta economia); aumentar os investimentos na Economia Verde; dar mais transparência a gestão pública e interagir com seus pares através do contexto da nova linguagem que está em construção na atualidade.
O mais preocupante para o ano de 2.012 é que as questões ambientais estão esquecidas com a crise econômica, pouco se faz para reverter os abusos do Homem sobre a natureza. O planeta já passa por fortes consequências dos efeitos climáticos que aumentam de intensidade a cada ano. A sustentabilidade talvez seja uma das soluções para atual crise econômica. Os polos de empregabilidade do mundo estão nas bases do SEI, em projetos culturais, turísticos, projetos educacionais, na criação de novas tecnologias, nas ações de sustentabilidade e nas redes sociais; que estabelecem comportamentos de compra, difusão de conhecimento, entretenimento e redes políticas integradas aos mesmos interesses coletivos e globais.
Soluções existem, o momento não é de isolamento, mas evidente que uma Nova Economia está em transformação, provocando mudanças significativas na política econômica mundial, por isso, todos os esforços nesta nova dinâmica de conscientização do comportamento social integrativo auxilia numa política estratégica global mais justa e igualitária.
Como Schumpeter dizia: “inovações radicais provocam grandes mudanças no mundo, enquanto inovações incrementais preenchem continuamente o processo de mudança”.
Construir frases é fácil, construir ideias exige novos olhares, construir uma nova economia requer integração social, viva a Humanidade!