Desabafo ou apelo: em que sociedade vivemos?

É grande minha indignação quanto a certos aspectos educacionais, sociais e a respeito da dignidade humana. Muitos são os meios de melhorar esta crítica situação, mas poucos a fazem. Observando em diversas situações desigualdades sociais, exclusões quanto ás classes sociais, onde pessoas que possuem muito cada vez têm mais oportunidades, e já os que possuem pouca oportunidade são cada vez mais excluídos.

Poucos são os olhares do governo aos necessitados, qual é a sociedade em que vivemos?

Uma sociedade movida ao sistema capitalista, onde somente os que possuem dinheiro conseguem realmente sobreviver, onde o cidadão desempregado é mal visto e muitas vezes mal falado na sociedade, uma sociedade que ao ligar a TV só assiste a comerciais que instigam a consumir, em noticiários que só transmitem notícias ruins, onde os jovens sem oportunidade ou com oportunidade demais estão perdidos em meio ás drogas, e o politico mal vê a situação do eleitorado, o mesmo povo a qual a eleição passada prometeu mundos e fundos e não cumpriu. O mesmo governante ou futuro governante que troca votos pela água para o povo nordestino.

É lastimável que em um país como o nosso ainda há desigualdade, desemprego, preconceito, onde a educação para todos não é a mais qualificada e muitas vezes nem chega a ser acessível, uma saúde pública precária, e demais fatores que contribuem para o desânimo das pessoas que já se adequaram ao comodismo. Pessoas que esquecem de lutar pelos seus direitos, e esquecem de cumprir os seus deveres.

Onde vemos pessoas com nível econômico muito mais elevado falsificando documentações para receberem benefícios públicos que seriam de direito dos mais necessitados, recebendo bolsas gratuitas em universidades, onde essas mesmas bolsas deveriam ser destinadas á jovens carentes. Pergunto-me, qual é o sistema avaliativo e classificatório utilizado nessas seleções? Onde essas injustiças ocorrem frequentemente, se nós jovens não reivindicarmos nossos direitos, quem o fará? Esses processos devem ser revistos, analisados coerentemente, para que mais injustiças sejam evitadas.

Até quando teremos todas essas desigualdades, injustiças e falha com a nossa dignidade? Até quando ficaremos cegos diante tais realidades? Até quando venderemos nossos votos por promessas não cumpridas? Ficaremos mergulhando no comodismo para sempre ou acordaremos para a realidade? São perguntas que reflito diariamente, como futura educadora, algo que almejo alcançar em breve, preocupo-me não somente com a sociedade em que vivo, mas com a sociedade que futuramente terei meus filhos e meus futuros alunos, a matemática pode não ter nada a ver com o que argumento aqui, mas preciso preocupar-me com a realidade que enfrento e devo tentar mudá-la, não posso fazer isso sozinha e quem me dera se pudesse, também não posso mudar a opinião de ninguém, mas se cada um se conscientizasse um pouco e melhorasse suas ações a sociedade atual poderia mudar drasticamente.