AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO: A ESPANTOSA E INCRÍVEL PIRÂMIDE DE QUÉOPS. A MALDIÇÃO DOS FARAÓS
Durante a Antiguidade Clássica, o homem realizou muitas obras monumentais, sete das quais começaram, ainda na própria Antiguidade, a ser listadas (“Ta hepta Thaemata”: As sete coisas dignas de serem vistas). O porquê de ter sido escolhido SETE, provavelmente é por ser este número considerado mágico por muitos, há muito tempo. São obras artísticas e arquitetônicas que foram citadas pela primeira vez num curto poema pelo grego Antípatro de Sídon (190-140a.C). A moda pegou! A lista é grega, mas só a Estátua de Zeus em Olímpia (com 12m de altura, edificada em ébano e marfim, toda revestida de ouro) tem essa “nacionalidade”. Há três na Ásia Menor (Colosso de Rodhes, Templo de Ártemis e o Mausoléu de Helicarnasso), duas no Egito (a Grande Pirâmide de Quéops, no Gizé, e o Farol de Alexandria) e uma na Mesopotâmia (atual Iraque), os Jardins Suspensos da Babilônia. O criador da lista das sete Maravilhas do Mundo Antigo (templos e esculturas colossais) só conhecia o mundo helênico, que palmilhou, apaixonado que era por edificaçãoes "faraônicas". Provavelmente, por isso, ele exclui da lista a Grande Muralha da China, incluída noutras listas da Antiguidade. Da lista de Antípatro, só nos resta hoje a Pirâmide de Quéops, a mais antiga (edificada pelo faraó Quéops entre 2589 e 2566 a.C), a maior ( perto de 150m de altura) e mais conservada das pirâmides do Gizé, que distam 10 Km do Cairo. O acesso desta cidade às pirâmides se dá por uma avenida repleta de acácias e eucalíptos. Infelizmente, as intempéries, os terremotos e o próprio homem fizeram desaparecer as outras mararavilhas, das quais só restam ruínas, ou nem mais isso. Há somente o registro histórico.
A Pirâmide de Quéops
No Antigo Egito, o faraó era considerado a incorporação da divindade na Terra.
Dentre seus muitos atributos, estava o de administrar a justiça e o poder político.
Havia muitos símbolos representando sua força, seu prestígio e seu poder.
A coroa dupla simbolizava seu poder no Alto (coroa branca) e no Baixo (coroa vermelha) Egito, antes separados, mas que o rei Menés unificou em torno de 3200 a.C. Quando em batalhas, o faraó usava uma coroa azul. Uma cobra capelo era o talismã que afugentava os inimigos, assim como o abutre protegia o Alto Egito. Um cajado em formato de bengala, de ouro, simbolizava a condução do povo. Finalmente, havia o chicote (símbolo da justiça) e a barba postiça, símbolo da divindade.
Era o que os historiadores chamam de teocracia, governo cuja legitimidade vem da crença de que o Poder tem origem numa divindade.
Por outro lado, no regime fluvial do Nilo, com suas cheias e vazantes, residia a vida do Egito, a ponto de Heródoto afirmar que “o Egito é uma dádiva do Nilo”.
O Nilo, por sua vez, era considerado uma dádiva do faraó ao povo egípcio
Então, havia no Egito um sentimento de extrema gratidão do povo em relação ao faraó. Esse povo acreditava na imortalidade da alma, que um dia retornaria ao corpo. Este deveria estar o mais preservado possível. Daí, a prática da mumificação; daí, a explicação para se construir tão colossais tumbas para preservar os corpos dos reis: As pirâmides. Daí, o empenho do povo na construção dessas obras fenomenais, quando era convocado pelo faraó.
As maiores e mais antigas pirâmides são as do deserto do Gizé.
Exatamente uma delas, a Grande Pirâmide, a Pirâmide de Quéops, foi por Antípatro de Sídon listada como uma das Sete Maravilhas do Mundo (Antigo).
“A Pirâmide de Quéops...é o monumento mais pesado que já foi construído pelo homem. Possui aproximadamente 2,3 milhões de blocos de rocha, cada um pesando em média 2,5 toneladas.... Com mais de 146 metros de altura, só foi ultrapassada em altura no século XVI pela torre da Catedral de Beauvais que foi terminada em 1569, tendo ruído 4 anos depois em 1573. A altura da pirâmide de Quéops só veio a ser novamente ultrapassada no século XIX, quando foram terminadas as torres das catedrais de Rouen - com 148 m -, de Colônia - com 157 m - e de Ulm - com 161 m. E principalmente com a inauguração da Torre Eiffel em 1889, com 300 m de altura. Durante séculos a humanidade vem se perguntando como essas enormes construções foram erguidas, como blocos de granito de 50 toneladas foram trazidos de Assuã, como foram erguidos a essa altura. Uma coisa é certa, dois recursos eram abundantes, mão de obra e tempo. De acordo com o historiador grego Heródoto, apenas a preparação do platô de Gizé levou uma década e a construção da pirâmide mais duas, tendo por volta de 100.000 homens trabalhado na construção da Grande Pirâmide” (http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/queops.htm)
A Maldição Do Faraó: A Festa dos Místicos E Um Desafio Para Ciência
Os arqueólogos que esgravataram as várias pirâmides que iam sendo descobertas no limiar dos séculos XIX e XX começaram o morrer sem explicação médica alguma, um após outro. No interior das pirâmides, exceto na de Khufu (Queóps, em grego), como vimos, construída em torno de 2550 a.C., havia várias inscrições, uma da quais alertava: "
"Morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó".
Na época, a imprensa mundial divulgou isso à saciedade em todos os quadrantes do mundo. Foi uma festa para os místicos! E o medo era geral. A maldição dos faraós estaria cobrando o tributo daqueles que ousaram molestá-los.
Depois de muitas pesquisas e estudos, a ciência conseguiu a explicação médica para esse "fenômeno sobrenatural": Nas tumbas dos faraós existiam fungos letais que atacavam e destruíam os órgãos do corpo. Quando os arqueólogos inalavam o ar das pirâmides, tais fungos eram aspirados juntos. A questão foi desmistificada, para tristeza e decepção dos místicos e "sobrenaturalistas".
Pretendemos, logo logo, num cordel, citar essas Sete Maravilhas do Mundo Antigo.