CARTAS PARA A POSTERIDADE - CAPÍTULO I
Cartas para a Posteridade – Capítulo I
Julgar o caráter e sentenciá-lo de forma justa e íntegra é o mesmo que compreender a honra; uma reflexão que somente se manifesta nos homens livres e de bravura irrefragável.
Homens livres, justos e posseiros de honra são determinados; possuem vontade própria; lutam pelos ideais inconcussos. Homens de valor lideram, mas quando inspirados, jamais permitem que tal episódio o seja extenuado por vilanias habilitadas em déspotas.
Para qualquer peleja, mesmo os que não são físicos, faz-se necessário um projeto, um preparo. Uma escada nunca começa no último degrau; e para enfrentar os obstáculos, sem o devido apresto, pode haver fadiga, corrosão e precipitação de um final infeliz!
Todo caminho aponta para o adiante, mas retroagir não significa que tenha havido derrota, porque no final de um caminho também pode estar o princípio. Aprender a usá-lo e prepará-lo para a passagem da benignidade interior é o mais importante em qualquer marcha.
Alerta! É estando alerta aos sinais que aprendemos; é sendo persistente e nunca pensando na desistência de nossos objetivos, que poderemos celebrar com regozijo um triunfo!
Estes devem ser os ideais de homens de valor; os ideais de homens de sapiência conspícua. Homens cuja visão da morte não lhes são temerosa, pois quem tem valor incontestável e é livre, prefere a morte, a traição dos conhecimentos.
No dia que conseguirmos formar uma sociedade justa, soberana, livre, igualitária e fraterna, finalmente poderemos nos considerar intelectualmente capazes de termos promovido à mudança do mundo...!
“Não há probabilidade de se alcançar as revelações sem a cobiça conspícua de haver o conhecimento”
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Belo Horizonte, MG, Brasil, 15 de Maio de 2012.