Anencéfalos X Disencéfalos
Questionado sobre o que seria mais prejudicial a ausência ou o mal uso do cérebro, lembrei-me do recente fato ocorrido em Brasília, no STF.
O que leva alguém a achar que nós, reles mortais, podemos decidir se uma pessoa deve viver ou morrer, só por ter uma determinada deficiência física?
O fato de um feto ser anencéfalo não quer dizer que já está morto! A garota Vitória de Cristo e várias outras crianças, que nasceram com anencefalia e, para desespero de alguns, ainda vivem, são prova disso!
Abrir essa exceção para o aborto de crianças assim é muito mais grave do que parece. Isso não permitirá apenas o assassinato dessa parcela de bebês deficientes mas estará legalizando a matança de muitos bebês saudáveis. Por quê?
Não esqueçam que estamos no país do jeitinho, da propina, de Demóstenes e Cachoeiras. Imaginem o que surgirá de médicos vendendo atestados falsos de anencefalia só pra tornar legal o assassinato de um filho indesejado.
Exemplo: Uma mulher ficou grávida e não quer ter o filho. Se fosse realizar um aborto não poderia, pois é um crime. Mas então, houve falar de um médico que poderá resolver esse "probleminha" pra ela. É só pagar um a certa quantia e ele lhe fornecerá o "alvará para matar", o atestado de anencefalia do seu bebê. "Pronto! Agora pode ir e fazer o aborto em qualquer hospital desse país"! Alguém duvida disso?
Por isso, respondendo aquela primeira pergunta que abriu esse artigo, não posso deixar de citar meu mestre, Jesus Cristo:
"O pior cego é aquele que não quer ver".
Portanto, muito pior do que não ter um cérebro é não usá-lo, ou usá-lo mal.
Eis aí a razão do título deste texto. "Disencéfalos" seriam aqueles que têm "privação-dificuldade" (dis) para usar o cérebro (encéfalo). Termo que, neste caso, ajusta-se perfeitamente aos renomados ministros.