COLUNA OPINIÂO."HOMENAGEM AO DIA DAS MÂES".
ARMANDO LEMES.

Amanhã treze de maio comemora-se o dia das mães ou dia da mãe. O dia das mães é comemorado no mundo inteiro em dias e meses diferentes. Cada país tem sua história. Em Portugal o dia das mães é festejado no primeiro domingo do mês de maio. Aqui no Brasil a data foi oficializada no segundo domingo de maio por decreto assinado em 1932, pelo Presidente Getúlio Vargas. Em 1947 o Cardeal Don Jaime Câmara, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, oficializou a data como fazendo parte do calendário da Igreja Católica. Começo a coluna de hoje com uma homenagem póstuma especial a uma mãe que nos deixou na semana passada. Minha querida e inesquecível mestra Dona Maria de Lourdes Ribeiro Andery, a queridíssima Dona Lourdinha. Meu primeiro contato com Dona Lourdinha foi na época em que fui seu aluno no terceiro ano primário no Grupo Escolar Dr.Delfim Moreira, conhecido também como Grupão. Quando perguntavam onde você estudava, rapidamente vinha a resposta, no Grupão. Dona Lourdes foi uma mulher extraordinária. Dedicou toda a sua vida profissional ao ensino. Uma professora preocupada em ensinar e educar. Cada aluno de sua série, na minha época, o terceiro ano primário era tratado como um membro de sua grande família escolar. Gostava de conversar e dar conselhos a respeito da importância de se estudar. Naquela época morava na roça e todo o dia caminhava seis quilômetros para chegar ao Grupão. Quando começava as aulas, aproximava de mim, e me perguntava se estava tudo bem, se tinha tomado café e se estava cansado da caminhada. Isso me cativou bastante. Aprendi a admirá-la como professora e ser humano.  Demonstrava que apesar de professora era uma pessoa preocupada com nosso bem estar. Sua capacidade de comunicação em sala de aula e sua maneira carinhosa de ministrar suas aulas faziam dela uma professora diferente. Enérgica nas cobranças das tarefas escolares ficava aborrecida quando tinha que dar uma nota baixa. Vibrava com o aproveitamento da turma. Naquela época o Grupão tinha duas ou três turmas de terceiro ano, mas a sua classe sempre se destacava. Um fato interessante acontecia todos os anos no inicio do período escolar. Os alunos disputavam o seu terceiro ano. Quando não conseguiam e tinham que freqüentar outra classe reclamava para a diretora. “Eu queria ficar na sala da Dona Lourdinha”. Certa vez ao aplicar um teste mensal para notas disse que era muito difícil alguém tirar nota máxima. Acertei tudo, tirei nota máxima. Distribuiu as provas e me deixou por último, e perguntou-me: -Como tirou 10, colou de quem? Ela mesma respondeu, não pode ter colado, foi o único dez da turma. Parabéns. Gargalhada total. O tempo nos separou, mas todas as vezes que a encontrava lembrava-se da minha rápida passagem pelo seu terceiro ano. Depois de trinta e quatro anos fora de Santa Rita retornei. Comecei a escrever essa coluna no jornal. Uma leitora assídua. Gostava de dizer às amigas que lia a minha coluna e que se orgulhava de ter sido minha professora. Também me orgulharei sempre de ter sido seu aluno, mestra. Um exemplo de vida que muito influenciou o início da minha trajetória. Dona Lourdinha se foi e nos deixam órfãos. Mãe maravilhosa que deixa quatro filhos, irmãos, netos e muitos parentes. Aos seus ex-alunos deixa saudades e uma lição de vida. Parabéns mestra, que Deus a tenha ao seu lado como exemplo de mãe, mulher, mestra e devota. Quero parabenizar a todas as mães minhas leitoras em especial a minha leitora numero um, minha mãe que lê todas as minhas colunas e completa esse ano 88 primaveras. Um beijo, Dona Dahyba. Para a mãe de meus filhos que vai ler minha coluna pelo Yahoo lá em Florianópolis, onde será operada dia 13 de junho. Um beijo Dona Kika. E terminando um beijo especial a minha nora Caroline em São Paulo, que vai me dar mais um neto, que Deus te abençoe. Termino aqui pedindo a Deus que nesse dia das Mães recompensem com suas bênçãos todas aquelas que receberam o dom da concepção. Beijão a todas e que Deus nos proteja a todos nós. Até a próxima semana se Deus quiser e Ele há de querer porque aqui estarei falando sério em defesa da comunidade. 


Autor-Armando Lemes-maio de 2012.