O suicídio

Recife está de luto!

Na tarde de ontem (10 de maio de 2012), um tenente-coronel praticou o suicídio nas dependências do seu local de trabalho em pleno centro da cidade do Recife.

O militar da PM era um homem aparentemente tranquilo, sossegado, trabalhador e de uma conduta ilibada. Ocupado com as missões que lhes eram determindas, serviu à nação brasileira como um verdadeiro mártir.

Partiu para a eternidade de forma drástica, repentina e lamentável.

Deixou esposa e filhos e uma cidade entristecida e cheia de questionamentos.

O que levaria uma pessoa a tomar a decisão de dar cabo da sua própria vida???

Qual o nível de desespero que faz com que um ser humano, em plena atividade mental, intelectual e produtiva faça uso de uma arma de fogo e dê fim à história da sua existência?

As respostas são muitas: Falta de diálogo, medo de perder o padrão social, dívidas infindas, incompreensão, solidão.

Sabe-se que aquele herói liderava um quantitativo de mais de 500 homens em sua corporação.

Liderou mais de 500 pessoas, mas não liderou a si próprio!

Ganhou muitas batalhas, mas perdeu para as frustrações da vida.

Uma lástima!

Uma sensação de derrota nos vem à mente. Uma tristeza contagiante tenta fazer morada em nosso ser, pois dessa forma, creio que compreenderemos melhor a dor existencial que aquele herói anônimo estava sentindo.

O suicídio é um fato!

A mídia não divulga com tanta assiduidade os casos desta prática, pois acredita que assim fazendo, incentivaria outras pessoas a copiarem o feito. É louvável e prudente a ocultação de tais notícias.

Soube de um caso de uma adolescente (também daqui do Recife) que suicidou-se porque tentou entrar num curso numa Universidade Federal e como não foi classificada, matou-se ingerindo veneno para ratos.

Soube também de outro caso em que uma mulher projetou todo o seu suicídio fazendo um seguro de vida beneficiando seu marido e filhos, pagando mensalmente a apólice, e, após 2 anos (tempo suficiente para que a seguradora fosse obrigada a pagar o sinistro aos beneficiários), ela pôs fim à sua vida.

Este caso, em especial, me chocou, pois não entendo como ela conseguiu programar um suicídio em médio prazo.

Compreendo que ela queria morrer, mas até para morrer, ela preocupou-se com seus filhos e marido. Que amor é esse???

O que mais choca a sociedade é saber que vidas estão sendo ceifadas precocemente, o desespero tomando conta de muitas vidas e ficamos apenas como meros espectadores assistindo e compartilhando dos dramas alheios.

Neste momento, lanço uma pergunta:

- Ei, você conhece alguém desesperado à ponto de cometer algo similar? O que você está fazendo para evitar?

Pare tudo e estenda as suas mãos. Vale a pena salvar uma vida!

Como dizia Myrtes Matias:

"Se queres dar-me uma rosa, faze-o agora enquanto posso te agradecer sorrindo".

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 11/05/2012
Reeditado em 12/05/2012
Código do texto: T3662200
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