Aula no Congresso
Ao estudar a matéria “Processo Legislativo”, na disciplina “Direito Constitucional”, mesmo ainda na imaturidade da juventude, com os efeitos traumáticos de um concurso vestibular, coincidindo com a transição da Ditadura para a “Democracia”, não foi difícil concluir a necessidade da realização de uma prova ou teste, a ser aplicada aos pretendentes a cargos eletivos, em especial o legislativo, nas esferas municipal, estadual e federal.
Seria uma forma para filtrar os concorrentes para uma atividade de tamanha importância, a de legislar – criar Leis, como a do objeto de estudo, naquela época.
Isto acarretaria maior qualidade dos candidatos à vereança, a deputados estaduais, federais e ao senado, e, conseqüentemente, uma considerável melhoria, também, na qualidade daqueles que um dia irão, teoricamente, representar os interesses do povo que os elegeu, inclusive facilitando seus próprios trabalhos.
O conhecimento da língua portuguesa, por exemplo, é fundamental, não havendo necessidade de que os candidatos dominem o idioma pátrio de forma absoluta, mas relativa, sabendo ler e escrever pelo menos. Ler, para compreender e interpretar o conteúdo dos textos. Escrever, para se fazer entender, expressar idéias com clareza, de forma inteligível, tanto na fala quanto na escrita propriamente dita, pois quem sabe escrever também sabe falar, dispensando a contratação dos “intérpretes” da ignorância, economizando gastos desnecessários e poupando imensa vergonha, em respeito à língua portuguesa, e, sobretudo, ao eleitorado.
Além disso, somente mais um “detalhe”: provar o conhecimento da forma como uma Lei é feita, os motivos e a destinação, só isso !
Quais os requisitos mínimos !
Depois de aprovados, os eleitos chegariam ao local de trabalho sabendo “como fazer” o que é necessário ser feito.
Mas isso é “irrelevante” e utópico.
O que acontece hoje é uma “aula” ministrada pelo Presidente da Câmara, para os eleitos e reeleitos, para ensinar o que ?! Provavelmente, como se faz “lambanças e falcatruas” por debaixo dos panos. Como a hipocrisia deve ser usada da melhor forma, como tirar proveito da “imunidade parlamentar” ! Como aumentar os próprios salários !
Pois, considerando o passado do “Professor”, não consigo imaginar algo positivo, em prol da Nação, o povo sofrido que tem sua parcela de culpa pelo sofrimento que sofre.
Quem tem “rabo preso” não tem moral, e quem não tem moral é simplesmente um NADA !
Citando apenas um fato recente – se enumerar todos, jamais terminarei o artigo – “O chute do deputado Aldo Rebelo na ECEME”.
No dia 4 de dezembro de 2006, o “Professor” Aldo Rebelo teve a audácia de “tentar” passar um “atestado de trouxa” para a platéia do auditório da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro/RJ, ao fazer referência a uma suposta injustiça dos militares cometida contra um oficial da reserva, em 1964, que foi preso por um determinado motivo, mas na verdade a prisão ocorreu em Dezembro de 1968, quando o AI-5 entrou em vigor, e por outro motivo completamente diverso.
Na época, o “Ilustre Professor de coisa nenhuma” e “Palestrante embromador” era um “menino prodígio” com apenas 12 anos de idade ! Impressionante, não ? Que excelente memória !
É chegada a hora dos eleitos e reeleitos tomarem posse dos seus cargos. Assim, a esperança quanto aos primeiros, os “novatos” que talvez tenham se sentido menosprezados na sua inteligência. Quanto aos últimos, com raríssimas exceções, a certeza da “mesmice”, da inépcia, da continuidade de um sistema corrompido e impune.
Diante do exposto,
“QUE DEUS NOS PROTEJA !!!”
Por Alexandre Boechat,
Em 31 de Janeiro de 2007.