Razão e emoção: existe equilíbrio?
Essa é uma dúvida curiosa, daquelas que se encaixa na busca por regras que garantam um bom encontro amoroso. Muitas perguntas recebidas por nós giram em torno dessa dúvida, mas em vez de fornecer uma resposta objetiva, vamos oferecer meios para que você possa refletir e alcançar suas próprias conclusões.
Somos sujeitos integrados em nossos aspectos racionais, físicos e emocionais que caminham sempre juntos. Separar estes aspectos e eleger apenas um como guia de nossas escolhas, não é uma tarefa fácil. Ora privilegiamos um aspecto, ora outro, mas ainda assim não trabalham isoladamente.
Naturalmente pensar assim faz com que tudo pareça mais complexo, de fato pode ser, mas é também natural e saudável. Neste caso conhecer bem como funcionamos em cada um desses aspectos, nos auxilia a ter mais controle sobre o que fazemos, como fazemos e porque fazemos.
O aspecto racional é aquele que vive sob o comando do nosso superego, que dita o certo e o errado, adequado ou inadequado, são os valores, a ética, a moral, o bom senso, a praticidade, o controle, enfim tudo que envolve a objetividade. Já o aspecto emocional, diz respeito ao inconsciente, ao afeto, sonhos, desejos, fantasias, ou seja, todo um conteúdo sob o qual não se tem controle e que nos diferencia dos animais. Muitas vezes o produto final dessa união é o conflito, e não há porque temê-lo, ele apenas sinaliza que está no momento de encontrar um equilíbrio.
Quando estamos em uma situação de interesse por alguém não conseguimos deixar de lado nosso aspecto emocional, uma vez que é justamente o afeto que faz com que o emocional seja ativado. Por outro lado também nos damos conta que reprimimos a emoção, ou nos criticamos caso essa situação traga insegurança ou qualquer tipo de ameaça. É o lado racional operando e tentando ganhar força.
No campo do amor, podemos concluir que quando se está próximo de um parceiro em potencial, é pertinente e fundamental que se tenha contato com os dois mundos, o do afeto e o da razão. O do afeto permitirá que você acesse sua intuição, seu desejo, sua capacidade de conquista, apresentando ao outro seu lado emocional e sensível. Já o racional te ajudará a ser prudente, cuidadoso, a ter clareza da situação, a impondo um ritmo adequado e confortável às suas relações. Não é possível preterir um em razão do outro. Ambos os mundos precisam caminhar em harmonia. Se agir de forma muito racional, as defesas possivelmente irão te distanciar do encontro afetivo. Se for emocional demais, não saberá fazer uma leitura correta da situação e certamente irá criar situações que igualmente te distanciarão do seu par. Aprender a harmonizar os lados é fundamental em qualquer aspecto da vida, seja profissional ou pessoal. Sem dúvida todos possuem em momentos da vida um jeito mais racional ou mais emocional de estar no mundo. É válido, neste sentido, aprender com suas próprias experiências passadas, avaliando o que contribui ou não para o sucesso de um relacionamento. Os dois lados são sábios e quando integrados de forma harmônica, possibilitam que se tenham experiências de vida mais plenas e enriquecedoras, seja na busca por um par, seja junto ao seu par.
Autor desconhecido