A metáfora das pedras
Nunca saberemos quando as pedras irão rolar, mas sabemos que algumas pedras um dia rolarão, pois é da natureza das pedras que elas rolem.
Porém, nos é dado conhecer com antecedência o tamanho das pedras, o terreno em que elas se situam e o estado de equilíbrio em que se encontram.
Também podemos escolher o momento de partir e a direção da nossa caminhada.
Enquanto caminhamos poderemos estar nos afastando ou nos aproximando de algumas pedras e algumas pedras poderão estar se aproximando de nós.
Se não planejarmos a nossa caminhada teremos que improvisar caminhos e desviar-nos constantemente de algumas pedras que rolam.
Se escolhermos caminhar para o alto exigir-se-á de nós um maior esforço, pois teremos que escolher caminhos seguros, identificar as pedras instáveis e evitá-las ou alicerçá-las antes que rolem, mas, em compensação, ao contornarmos esses obstáculos, estaremos sempre caminhando em sentido contrário às pedras que rolam.
Se optarmos por caminhar em terreno plano exigir-se-á de nós um menor esforço, mas poderemos a qualquer momento encontrar algumas pedras no meio do caminho e novos esforços nos serão exigidos para removê-las ou contorná-las.
Se a nossa opção for sempre caminhar para baixo, pouco ou nenhum esforço nos será exigido, em compensação poderemos ser surpreendidos, a qualquer momento, por pedras rolando às nossas costas e em nossa direção.
Quando as pedras rolarem às nossas costas, não nos iludamos fazendo perguntas, pois não haverá tempo para as respostas, tampouco poderemos evitar os impactos e as feridas por eles deixadas e, dependendo do tamanho das pedras, poderemos até ser por elas esmagados.