Os dez mais
 
 
Foi a leitura do texto de  Anita D Cambuin, Bons textos têm prazo de validade  que me inspirou a escrever este texto. Ou a reescrever. Outra fonte inspiradora, foi o Orkut, onde antes do RL eu tentava postar assuntos ligados a livros e a literatura. Coloquei lá uma página onde eu, ou quem quisesse, copiávamos os primeiros parágrafos dos livros que líamos, com o objetivo de estimular a leitura. Assim é que aqui, neste texto, reescrevo os primeiros parágrafos dos meus textos mais lidos. Pode ser que desperte a curiosidade de leitores que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-los
 
  1. Letra Bonita : (Crônica)Sempre gostei de escrever. Assim que comecei a ler comecei também a escrever. Meus primeiros escritos eu os fiz na classe multisseriada de Dona Zara, lá em Arantina, MG. Ela colocava um álbum seriado na frente do quadro negro e ia passando as páginas com as gravuras mais lindas para que a gente as descrevesse. Depois tínhamos que criar uma história sobre cada quadro. E assim foi durante muitos anos: a cada dia uma gravura era colocada a nossa disposição. 
     
  2. - Acrósticos  (artigo)
        Os acrósticos são textos poéticos  onde,  usualmente,  a primeira letra de cada frase ou verso forma uma palavra ou frase. Mas também podem ser usadas letras do meio ou do final de cada verso ou palavra. O vocábulo tem origem no greemgo Ákros (extremo) e stikhos ( linha ou verso). Podem ser simples, com frases, nomes ou palavras que não tenham ligação entre si ou podem mesmo ser  um poema completo.


A Elegância do ouriço – Muriel Barbery – (Resenha)
 
     Muriel Barbery é uma autora francesa da qual eu nunca havia ouvido falar. A elegância do ouriço um livro que eu não compraria, nem pelo título nem pela capa. Não consigo nem mesmo lembrar como ele chegou até a mim: se ganhei ou comprei. O caso é que ele está na minha estante há algum tempo e eu resolvi ler.

 
 
4 - Mentes Perigosas – O Psicopata mora ao lado. (Resenha)
 
Para quem foi criado dentro de preceitos religiosos e morais que consideram o homem intrinsecamente bom ou mesmo para aqueles que consideram o homem como uma “tabula rasa”, totalmente influenciado pelo ambiente, este livro é um tapa na cara.
 

 
5 -Noivas do Cordeiro (Artigo)

          
        Esta semana Lia Luft escreveu em seu artigo mensal para a Revista Veja sobre
Três destinos femininos.
Um destes destinos se refere a Noivas do Cordeiro. Ela relata que participou como narradora de um documentário feito sobre essa comunidade rural mineira. Mesmo sendo aqui das alterosas eu só tomei conhecimento dessa história recentemente através de uma reportagem feita pelo Estado de Minas.Quando li a reportagem meu espanto foi imenso. Lia comunga do meu espanto. Ao ler o texto que escreveu resolvi pesquisar na Net e também escrever sobre o assunto que só agora está se tornando conhecido.


 
6-A História do Cerco de Lisboa – Saramago (Resenha)


                 O Cerco à cidade de Lisboa começou em 1º de julho de 1147 e culminou em 25 de outubro do mesmo ano. Fez parte do processo de reconquista cristã da Península Ibérica (Portugal e Espanha) ocupada pelos mouros. As forças do rei  D. Afonso Henriques receberam o apoio dos Cruzados, que compunham a 2ª Cruzada, de passagem para a Terra Santa. As forças portuguesas avançaram por terra e as dos Cruzados, por mar. Reuniram-se na foz do Rio Tejo. Após  combates violentos os cristãos dominaram as  regiões leste e oeste da colina onde se levantava a cidade e impuseram então o famoso cerco, origem de tantos histórias e lendas.Os mouros porém defenderam com afinco a cidade que haviam conquistado e dominado havia muitos anos. Semanas se passaram com os sitiantes lançando toda a série de projéteis sobre a cidade que continuava inexpugnpavel. O número de feridos, de ambos os lados, continuava a aumentar.  Só no final de outubro do mesmo ano, os mouros, enfraquecidos pelo cerco que lhes trouxera mortes, doenças e fome capitularam e Lisboa voltou ao domínio dos cristãos.
 
7-Quando o coração dói...  (Crônica)                   
 
                                  ...não sentimos vontade de levantar pela manhã e queremos que a noite dure para sempre para não termos de enfrentar o dia cara a cara. E quando se torna impossível continuar enrodilhados em nossos edredons acolchoados, levantamos e nem percebemos que o sol brilha e que o céu é azul, limpo de nuvens.
 

 
8-Aprender a Viver – Luc Ferry (Resenha)
 
 
                  Comprei este livro em Abril e logo comecei a lê-lo. Acabei hoje. Cinco meses para ler um livro pode parecer um absurdo e até insinuar que o livro não é bom. Então vou reformular: Comecei a ler este livro em abril, terminei hoje e vou recomeçar a leitura amanhã. Porque é um livro para toda vida. Vou relê-lo quantas vezes for necessário para alargar o meu horizonte. Vai ser minha calçadeira de sapato apertado
 
9-Eros e Thanatos -
      Contos de amor e morte
.- Arthur Schnitzler – (Resenha)
 

      Acabo de reler o livro Contos de Amor e Morte de Arthur Schnitzler. O autor, um médico austríaco que abandonou a medicina aos 39 anos, foi um revolucionário na literatura de sua época. Nascido em Viena (1862-1931) toda a sua obra está baseada nos conflitos da alma humana provocados pela forte presença do amor e da morte, permeados pela sexualidade e a neurose. Contemporâneo de Freud, que o admirava, apesar de se recusar a conhecê-lo pessoalmente, galgou o mesmo caminho do Pai da Psicanálise, através da literatura. Freud o considerava o seu “duplo” em virtude do tratamento que dava aos seus personagens, dissecando suas vidas através de suas realidades internas.A realidade dos personagens de Schnitzler percorria caminhos sombrios. Era povoada de neuroses, sentimentos exaltados,loucura e suicídio. O livro que acabei de ler não foge a regra. São doze contos escolhidos entre os sessenta que escreveu e publicados pela Cia das Letras em 1987. São contos de amor que levam a morte. Mistério e assombro entrelaçam a vida e a morte. Eros e Thanatos, a polarização do amor e da morte. Foi uma estranha escolha para leitura de férias, em uma praia do litoral nordestino, mas considerei como um contraponto. Além do mais queria reler o livro que, em determinada época de minha vida, serviu como inspiração para a elaboração de alguns contos. Um Mestre.Vale a pena conhecê-lo, através deste livro, ou de outros já publicados em português como Retorno de Casanova, também da Cia das Letras, Senhorita Else (Paz e Terra) e Aurora (Boitempo).
 
 
10- Mil coisas que quero fazer antes de morrer.(Crônica)


          Vendo o filme Antes de Partir me veio a mente a idéia de elaborar uma lista de coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Pensei em mil como uma forma de enganar a morte, como se a morte pudesse ser enganada.Mas também poderiam ser cem. Fiquei algum tempo pensando e mesmo deixando de lado a idéia ela começou a voltar de forma recorrente. Mas por que logo tentei deixar de lado a idéia? É que não queria colocar na lista coisas espatafúrdias, que nunca realmente tive vontade de fazer, como pular de para-quedas, subir na mais alta montanha do mundo ou fazer um safári na África. Nem andar de montanha russa, embora tenha ousado subir em um teleférico e até gostado.Eu nunca quis fazer essas coisas e provavelmente não faria mesmo se tivesse a oportunidade.Ou então faria apenas por fazer. Eu queria identificar vontades reais, que eu gostaria mesmo de realizar e comecei a ter dificuldade. Sinceramente, eu não estou conseguindo achar. Minha vida é completa? Não, de forma nenhuma. Ela é cheia de vazios e eu fico pensando se eu poderia preencher esses vazios com coisas. Há o vazio de Deus, por exemplo. Tenho tentado preenchê-lo há um longo tempo e quanto mais tento mais me distancio. Ou o vazio de vontade: eu nunca tenho realmente muita vontade de fazer nada, com raríssimas exceções.