O que é FELICIDADE em sua vida
O homem vem ao longo dos tempos procurando um significado para sua existência. Essa busca revela uma incessante caminhada para um bem que tanto se falou desde os tempos mais antigos. Os filósofos sempre buscavam respostas para tal significado, que os levasse a compreender o que é o ser – o homem –, e o que ele busca. Ele busca a felicidade, mas, como se chega à verdadeira felicidade? Buscando momentos felizes.
Ser feliz não é, necessariamente, ser o homem mais sábio, ou mais rico, ou mais virtuoso, um esportista; ou por ser: aprendiz, desprovido de bons hábitos, ou estático. Feliz é aquele que se permanece com a mesma intensidade, nas mais diversas fases de sua vida. Assim relaciona-se a felicidade com os momentos de sua vida. Porque não se pode afirmar que um homem será feliz, ou infeliz por toda sua vida. Eis o exemplo de Príamo, era um homem que por toda sua vida fora feliz (até sua morte).
“Príamo, estava em seus últimos dias de vida com seus filhos, em sua casa, na Macedônia, quando vieram os gregos, destruíram todas as suas terras e mataram seu filho, em sua presença, arrastando seu corpo pelas ruas da cidade”. Para esse homem, a despedida foi à marca da tristeza.
Tudo nos leva a crer que, a felicidade é um sentimento momentâneo; nós buscamos na memória, os bons momentos. Por isso, afirmou-se que: “a vida não é feita de épocas felizes, mas sim, de momentos felizes” (Nietzsche).
Por que, então, quando estamos tristes não estamos pensando em coisas tristes, mas sim, em momentos felizes? A princípio essa é a visão que a mente nos trás. Tal visão não está errada; torna-se errôneo a forma de como vemos esses momentos. Tudo depende da maneira de como o encaramos.
Se o mundo cobra de você atitude, não espere que a vida lhe levante do chão, levante-se você mesmo. É mais coerente sair (da caverna) do que ficar nela. Depende da sua escolha. A maldade “não” é do mundo; é o ser humano que faz o mundo ser difícil (grifo).
A vida é feita de escolhas. Não busque o caminho mais difícil. Fuja do sofrimento, pois não há razões para procurá-lo. Todavia, se ele lhe abater encare-o de frente, de cabeça inclinada.
Assim, o que acontece no mundo físico, é algo da natureza exterior. Mas, o que o corpo somático capta: é aquilo que você pensa sobre o fato.
Somente quando entendermos que o fim é apenas mais um princípio, e que fazemos parte de uma escola muito rígida; é que começaremos a entender o que é o ser humano.
Ademais, a alegria torna-se o descarte da tristeza. Mas, ambas estão intrinsecamente unidas. Formam o puro, e o desejado; o belo, e a beleza; a cólera, e a serenidade; a pergunta é: e a felicidade, o que ela é realmente? Adentrando a questão veremos que a nossa felicidade, de hoje, é exatamente aquilo que nos causava tristeza, e vice versa.
Desse modo, só seremos divinamente felizes se despertarmos o amor Ágape. Isso em todas as situações que envolvam desejos e necessidades. Porventura, a visão de ser feliz está lograda a algo que se almeja ser, ou conseguir; o que supera a barreira do medo. É algo além do visível; surge do discernimento da razão.
Haja visa que, a vontade de ter algo, não significa nada; apenas tenho. Influirá o valor que pus em tal desejo, e, o resultado daquilo que era uma necessidade para ser feliz, será visto tão somente: como uma busca. Mas, sem um planejamento estratégico eficaz – com resultados práticos –, será somente: um mar de desejos.
Logo a busca pela felicidade deve ser entendida como uma virtude da alma. Cito a seguir a definição filosófica da felicidade:
“Com efeito, algumas pessoas identificam a felicidade como uma virtude, outras, com a sabedoria prática, outros com espécie de sabedoria filosófica, e outras, a identificam com tudo isso, ou uma delas acompanhadas de prazer, ou sem que lhe falte o prazer, e finalmente outras incluem a felicidade exterior” (Ét. NIC, 2001, pag. 29).
Portanto, somente quando esvaziarmos todo o nosso interior, desfazendo de caprichos e desejos, é que seremos interligados, de forma extrínseca com o poder do micro e macro cosmos – Deus, trindade Ágape. Por isso, não há vida sem sentido, tão somente razões que nos levam a acreditar em uma causa, a qual nos conduzirá a um fim, e esse fim é o estado de felicidade plena. Deve o homem buscá-la a todo instante, sendo os meios justificados por seus fins. Ela é um estado de louvor, e aclamação.
Fábio de Oliveira Ramos
Faculdade - São Lucas
Administração - consultoria e marketing