PECADO ORIGINAL
PECADO ORIGINAL
Tudo na vida tem seu significado, não seria o pecado a fugir a regra. A palavra em epígrafe vem do latim peccatu. Refere-se à transgressão de preceito religioso, falta, erro, culpa, vício, maldade, crueldade, pena, lástima, tristeza e tem como diminutivo pecadilho. Está relacionado às seguintes sinonímias: “Pecado capital como sendo um dos sete vícios ou faltas graves catalogadas pela Igreja católica na Idade Média, e que fazem parte da tradição cristã. São eles: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça. Pecado mortal na doutrina cristã, o que viola a lei de Deus em matéria grave e leva à danação da alma, pecado original é o pecado de Adão e Eva, transmitido a todos os seus descendentes, que nascem em estado de culpa. Pecado venial, na doutrina cristã, o que enfraquece a graça sem a destruir. E o que dizem dos pecados? Terrível, espantoso, extraordinário. Se alguns dizem ser o pecado extraordinário, então por que outras denominações? Outra indagação: “esse pecado mortal mata mesmo”? “Um dos principais fundamentos do Catolicismo, senão o principal, que daí adveio, é a criação do original Pecado Original, que bem se pode considerar como sendo seu próprio pecado original! Essa conotação passa a ser mais um dogma da Igreja católica, ressalte-se que não se encontra inserido nem no Velho e no Novo Testamento.
É obra dos Pais da Igreja, que levaram 400 anos em fabricação, transformando uma serpente em Demônio. Vejam as preciosidades que surgiram no advento desse pecado. “Deus torna-se cego, pois procura Adão e diz que não o vê; castiga a mulher dizendo: “ Multiplicarei as penas de teu parto e com dores parirás. “Apesar disso, teus desejos se dirigirão a teu marido e ele será seu senhor”, nasceu daí a escravidão, a submissão. “Amaldiçoou a Terra e o trabalho, por Eva ter convencido Adão a comer do fruto proibido e ainda os expulsou do jardim do Éden, dizendo crescei e multiplicai-vos”. Condenando Adão e Eva a permanecerem no “pecado”. E tem mais detalhes sem lógica que nem é bom citarmos. Como essa condenação as fêmeas do mundo animal herdaram tão escabroso pecado. Ormuzd, o deus bom, colocou na Terra o primeiro homem e a primeira mulher Meshia e Meshiahé, destinados a morrerem como todos os seres criados. O Deus do mal Arimã apareceu-lhe sob a pele de uma serpente, os enganou por habilidade de sua palavra, e fez-se adorar por ele, como sendo o princípio de tudo quanto era bom: desde então suas almas foram condenadas ao inferno até a Ressurreição. A vida tornou-se cheias de penas e sofrimentos; tiveram frio, fome e sede, e através de seus tormentos veio um demônio trazendo uma fruta, sobre a qual se atiraram sedentos. Em conseqüência das fraquezas seus males dobraram.
“Caminhando de tentação em tentação, de tropeço em tropeço, de queda em queda, joguetes do demônio e da miséria, só conseguiram prover a existência à força de invenção e fadigas, eles se esqueceram de se unirem durante 50 anos, e Meshia só concebeu após esse lapso de tempo”. Essas conotações ou história da Gênese foi uma idéia de Moisés, como todas de seu livro, da lenda do Zenda-Avesta, quando os persas andaram pela Mesopotâmia, 2.300 anos antes de Moisés, cujas doutrinas deixaram raízes aqui e ali. Essa acima exposta é a lenda, segundo Marius Fontane, extraída do Bundedesh, na última parte do Avesta. Na verdade toda essa parafernália foi para convencer os cristãos de que Jesus nasceu por obra e graça do Espírito Santo. Existem grandes discordâncias, pois o próprio Deus não poderia derrogar sua própria lei. E como ficaria José nessa história como pai supostamente traído. Ou terá sido a primeira inseminação artificial? Ou foi o espermatozóide que desceu dos céus e fecundou o óvulo de Maria, formando o “zigoto” divinal.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES/MEMBRO DA ACI/ALOMERCE