Viver.
Viver é um desafio, morrer! Se morre de medo, na beira de um meio fio, no frio fio da navalha, num assalto cometido por um trio, ou ate mesmo de frio por que alguém roubou o nosso agasalho.
Viver é preciso coragem, morrer nem tanto, basta andar em qualquer canto que antes pensava ser seguro, ou querer cortar caminho e passar no escuro, ou então por azar dos pecados estar em lugar errado na hora errada, o que nos leva a pensar que na verdade estamos é sim, bem ferrados, estamos bem dizer na encruzilhada, o que leva a causar inveja a qualquer despacho que um pai de santo tenha ali deixado.
Viver já não é mais uma arte, é simplesmente pura teimosia, é um brigar constante com a sorte, é um rezar interminável para evitar o lamentável, é apenas um passar pela vida que ora pode ser durável, ora nem tanto, isto depende muito do santo, se não estiver muito ocupado.
Viver já não tem sido mais como aquela canção dizia: Viver eh eh, e não ter a vergonha de ser feliz, pois se agora sorrimos tem sido mais por causa dos nervos abalados, do pânico do dia a dia, do não poder saber se ainda veremos o outro dia. Talvez seja por isto é que dizem que sorrir é o melhor remédio, e existe para nós outra saída?