Cabo Branco "Porta do Sol" João Pessoa-PB
Enquanto escrevo isto estou sentada na praia. É aonde sempre gosto de ir quando os pensamentos fluem. É aqui que sinto melhor a minha finitude. É aqui que os problemas diminuem para mim. Enquanto pensava, lembrei-me de outra praia onde observei as gaivotas reclamarem contra o vento, arrebatando porções de ar por baixo das asas, subindo cada vez mais alto e depois planando. Compreendo como muitos homens se sentaram onde me acho agora. Eles estão mortos, eu viva. É minha vez de contemplar o que eles viram.
O majestoso oceano nos ensina muito. Junto dele inúmeras canções e poemas de amor foram escritas. Muitas vidas se perderam nele. Foi lugar de batalhas e comemorações, crises e conquistas. Suas marés violentas não têm medo nem são intimidadas. As marés trazem à praia o que querem e atiram nela objetos como se estivessem despejando certas coisas e arrebatando outras. Se você quiser sobreviver, aprenda com o oceano. Jogue fora algumas coisas e pegue outras, e quando tudo o mais falhar... não desista.
Atualize sua vida. Reúna forças para que tenha coragem de suportar o que não puder mudar, de remodelar completamente as coisas que puder, e de ignorar o resto.
Enxugue o rosto, endireite os ombros, faça uma reflexão, levante a cabeça e sobreviva!