Sarney versus Cochrane
Quando Sarney em visita oficial À Abadia de Westminster em Londres aproximou-se da sepultura do herói escocês Cochrane e disfarçadamente pisou em sua lápide e segundo o próprio Sarney revelando mais tarde “Pisei mesmo e com gosto e ainda exclamei: corsário”. Como a história nos conta, Cochrane foi o primeiro almirante na insipiente marinha brasileira que nascia em um país que lutava para consolidar sua independência. D. Pedro I não hesitou em contratar o famoso mercenário que a bem da verdade foi excelente estrategista de guerra e evitou com sua intervenção a fragmentação do Brasil. Liquidou com as tropas portuguesas na Bahia, no Pará e no Maranhão. Apesar de regiamente pago pelo tesouro do império ao dominar as tropas portuguesas no Maranhão saqueou totalmente o estado. Fico imaginando hoje a indignação de Sarney diante da tumba do famoso escocês, um misto de herói e pirata. Porém mais que imaginar a indignação do nosso ilustre ex – presidente gostaria de poder nesse momento possuir o dom de ler as mentes. Acredito que ouviria assim do nosso ex: “Seu corsário miserável, como ousou roubar o que já era meu antes do meu nascimento? Ah seu safado, lesar os cofres da minha amada terra. Quantas coisas mais eu poderia ter se o que você levou ainda naturalmente estivesse circulando por lá!” Bem, de corsário para corsário, o Cochrane até me parece um simples trombadinha...