UMA ALEGRIA INEFÁVEL
UMA ALEGRIA INEFÁVEL
Por Aderson Machado.
É um sonho de toda pessoa que conclui um curso universitário ingressar no mercado de trabalho. Se possível, o quanto antes. Acontece, porém, que a grande maioria dos jovens concluintes fica a esperar por um emprego, de preferência na área que escolheram. Assim, um engenheiro civil gostaria de trabalhar exercendo a sua profissão na área de engenharia, e assim por diante.
Hoje em dia as coisas estão bem mais difíceis. A propósito, existe um sem-número de Faculdades, quer particulares ou públicas, formando, semestralmente, milhares de alunos. E é claro que o nosso mercado de trabalho não está tão aquecido assim, a ponto de absorver toda essa gente em tão pouco tempo.
Com efeito, muitos optam por qualquer tipo de emprego, a fim de não ficarem sem uma fonte de renda.
Há ainda os que derivam para a informalidade, trabalhando por conta própria. São os chamados self-employed.
Já com relação à profissão de advogado, existe, agora, um empecilho que está atrapalhando, deveras, a vida de muita gente. É a tal prova ou exame da OAB que, diga-se de passagem, é muito rigoroso. A propósito, a média de reprovação nesse tipo de exame se aproxima da casa dos 80%! É um índice, na verdade, muito alto, o que diminui muito o número de pessoas aptas a advogar. Por outro lado, com essa exigência da OAB cai por terra, de uma vez por todas, a figura do Rábula. Este, outrora, podia advogar mesmo sem ser bacharel em Direito. É como o Charlatão, em se tratando de dentista, e por aí segue.
Em muitas outras profissões é possível a pessoa trabalhar sem ser preciso ter um curso superior. O radialista, por exemplo, pode exercer a sua profissão sem necessariamente ter o curso de jornalista. Basta, para isso, passar no teste de locução.
É importante frisar que há profissões que exigem um curso superior, ou até mesmo mestrado, doutorado, isso em se tratando de professor universitário. Nada mais justo, por sinal.
Mas eu começara falando sobre o desejo que todo concluinte tem de ingressar no mercado de trabalho assim que termine o seu curso.
Eu, graças a Deus, consegui o meu emprego antes mesmo de concluir o meu curso superior. Dentro de minha área.
Explico: É que me inscrevi num concurso para o extinto DNER – hoje DNIT – quando cursava o último período do curso de Engenharia Civil. O edital desse concurso me dava essa condição. Pois bem, me inscrevi em março de 1978, fiz o concurso em abril do mesmo ano, e no mês de julho, exatamente no dia em que assisti à missa de minha formatura, recebi um telegrama dando conta de que tinha sido aprovado no concurso em apreço.
Destarte, eu terminava o meu curso com a certeza de já estar empregado, e que ia exercer uma profissão compatível com o curso que escolhera. Nada melhor.
Por fim, esse fato representou, para mim, o que chamo de UMA ALEGRIA INEFÁVEL!
E você, leitor, já teve uma experiência semelhante à minha?