Saudades
Saudades, uma palavra que fere o que de mais profundo que existe na alma. Que transporta e faz transbordar as lembranças que caem como cascatas de um rio chamado solidão.
Mantém o nosso corpo preso dentro dos lugares onde um dia fomos felizes, mas deixa solta a nossa mente para que ela vague, que perambule para que assim possamos nos sentir como se fossemos o último ser do mundo, tudo isto como se fosse um castigo aplicado e bem merecido, como se já não bastasse apenas em tê-la por perto, e afinal fica no ar não só a pergunta mas também as duvidas do que ou não fizemos para merecê-la, mas de qualquer maneira saudade é saudade nós é que devemos saber como e quando devemos senti-la, e ai saberemos se vamos ou não ter que enfrenta-la ou se apenas recebe-la como amiga e conselheira, porque afinal sempre resta uma esperança de que lá do outro lado onde quer que seja, alguém esteja também questionando o porquê dos seus tantos incômodos quando alguém por acaso vier a citar o nosso nome.
Saudades... Mesmo que ainda doa, é preciso tê-la.