VENDER OU VENDER (1)
A profissão de vendedor, tão antiga quanto nossa história mais remota, mantém sua essência deste os primórdios tempos. Já passou pelas mais diversas denominações, mais recentes como “mascate”, “caixeiro viajante”, “pracista”, até “vendilhão”. Os termos atuais, manuseados pela elegância exigida pelo marketing, passam por denominação como “consultor de vendas”, “agente de negócios” e outras designação, que se resumem unicamente a profissão de “vendedor”.
Qualquer que seja o estado, o país, o continente; aqui ou lá do outro lado do mundo, a figura e a profissão do vendedor - com que nome que seja - está presente, envolvida, participando das transações todas, da evolução e da transformação do mundo e dos tempos. Mudam-se conceitos, criam-se novas e revolucionárias estratégias mercadológicas, põem-se a tecnologia da informação a serviço da venda, das negociações, mas a figura do vendedor continua sendo o pilar de sustentação do mundo de todos os negócios, grandes ou pequenos. Gigantescos ou ínfimos.
Tantos livros, apostilas, cursos e todo um universo de literatura são utilizadas mundo afora, para treinamento de vendedores. Treinamento, aprimoramento, desenvolvimento e tantas outras estratégias e intenções. Mas sempre prevalecem as dúvidas sobre o verdadeiro vendedor; se ele nasce pronto ou pode ser criado pelas escolas, como se forja um engenheiro, um cientista, um motorista ou outro qualquer profissional.
Esta a primeira dúvida: existem pessoas que são vendedoras por natureza?
Prefiro falar em pessoas, para não precisar distinguir sexo, já que nessa profissão, também as mulheres já fazem parte, como em tantas outras antes ocupadas apenas por homens.
Desta pergunta inicial se desencadeiam uma série de outras, tais como:
- Vender é uma arte ou uma técnica?
- Ser vendedor é uma questão de “ser” ou de “querer”?
- Ser um profissional de vendas é uma questão de opção, de oportunidade que se apresenta, alternativa circunstancial, ou apenas um meio de vida ocorrido ao acaso?
Não creio que haja respostas para essas e outras tantas perguntas que se fazem sobre a profissão. Existem opiniões, conceitos formados por um e outro, mas as respostas continuarão sendo buscadas infinitamente, até por que é um tema que se confundem com as teorias todas existentes sobre personalidade, perfil, vocação e outras tantas derivações do comportamento humano.
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Mas me arrisco a responder a primeira das perguntas. Se vender é uma arte ou uma técnica. Sempre defendi e continuarei defendendo minha opinião de que vender é uma arte sim. Que pode ser desenvolvida com agregação de informações, técnicas e aprimoramento diversos na arte da comunicação, mas só haverá efetivo êxito se a arte de vender estiver naturalmente presente no indivíduo.
A arte de vender, é reconhecida na capacidade natural de uma pessoa em bem se comunicar. Na facilidade natural de se expressar verbalmente. Aí não está em voga a utilização de um vocabulário mais rico ou mais pobre; se tem ou não boa oratória; se é mais ou menos hábil em falar em público. A facilidade de se comunicar deduz-se pela naturalidade com que diz o que pensa, ou o que deseja. Na capacidade de interagir com os mais diversos perfis de pessoas.
Percebe-se o fundamento da arte de vender, nas pessoas que tenham a capacidade natural de controlar suas emoções, de conter impulsos emotivos, de enfrentar adversidades mantendo o seu foco, a sua intenção, o seu objetivo. Que tenham a capacidade de agir circunstancialmente, segundo a situação, o momento, as intenções e os resultados que desejam buscar nas conversas e interações.
O vendedor genuíno é sim um artista, um ator que sem perder sua essência, sua personalidade, é capaz de interpretar os mais diversos personagens, sem que isso lhe frustre, sem que isso o faço um demagogo ou um farsante. Identifica-se o “artista vendedor” – aquele que é um vendedor por natureza - nas pessoas que conseguem circular e se relacionar com as mais diversas características de pessoas, interagindo com os seus mundos, como se fossem o seu.
Podemos identificar ao nosso redor, inúmeras pessoas que mesmo não exercendo a profissão de vendedor, tem extrema facilidade de relacionamento. Pessoas que são “amigas”, naturalmente, de quase todos que a cercam, passando por conflitos como se eles nem existissem. Essas pessoas, são as que têm em sua própria forma de ser, a arte de vender. Se não vendem produtos, mercadorias, ou serviços, com certeza vendem a si próprios, sua imagem, suas vontades e objetivos de bem se relacionar.
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Sobre a indagação acerca da profissão de vendedor ser uma questão de “ser” ou “querer”, se não existe uma resposta objetiva, clara, definitiva, pelo menos exige que se pondere a respeito.
“Ser” é uma questão intrínseca. Alguém que já nasceu com o dom, a arte, trazida em sua própria característica como ser humano. As pessoas que são vendedoras por si só terão facilidade de abraçar a profissão. Optar ou não, é uma questão do meio em que se formem, cresçam e se façam pessoas adultas. Das circunstâncias que se apresentarem em suas vidas.
O que se pode constatar com facilidade, é que raramente - para não ser radical e dizer nunca - uma pessoa se decide por ser um vendedor profissional já na sua formação, salvo se adotar um modelo, um exemplo, de alguém muito próximo na sua formação, normalmente o próprio pai ou mãe. Salvo casos assim, não vejo um menino, ao ser indagado o que quer ser quando crescer dizer que “vou ser vendedor”.
A profissão normalmente ocorre circunstancialmente. Evidente que se a arte já lhe é peculiar, muitas e muitas portas se abrirão a sua frente, para que venha exercer a profissão de vendedor. Se irá entrar para esse mundo, é outra questão, mas com certeza, se o fizer, terá sucesso; será bem sucedido. Independente do segmento em que venha atuar. Com certeza será uma pessoa feliz, satisfeita, pois exercendo uma profissão onde estará se utilizando da sua vocação, é lógico que o fará com prazer. E quando alguém exerce uma profissão com prazer, o sucesso é mais fácil e a satisfação, a felicidade, uma conseqüência.
Ponderar sobre a questão “querer” é bem mais complexo, creio. Claro que a determinação faz milagres, mas exigirá muita dedicação, muito mais estudo, persistência e até abdicação. E necessário que a pessoa tenha um mínimo de gosto, de habilidade natural na lida com pessoas. Precisa, necessariamente, ter uma personalidade maleável e prazer em interagir.
Mas não creio que alguém seja bem sucedido, por mais determinado que seja, na prática de uma profissão que conflita com a sua própria forma de ser. Posso até considerar que possa ser bem sucedida, mas não quero crer que tenha prazer, que seja feliz, independente do que isso lhe renda economicamente.
Então prefiro considerar que não basta apenas “querer” para se exercer a profissão de vendedor. Não requer, necessariamente, que se tenha a arte de vender em suas entranhas, mas é mister que não esteja totalmente ausente o gosto pela comunicação e interação com pessoas das mais diversas características.
Parto do princípio de que num adolescente, já podemos – e ele próprio – diagnosticar, com facilidade, se sua tendência é a ciência exata ou humana. Se terá maior facilidade com as profissões que tenham a matemática como premissa, ou profissões que exijam o relacionamento humano como fator determinante.
Exatamente ai se faz a primária distinção das características dos grupos em que as pessoas se enquadram; as com tendências naturais para as ciências exatas, ou para as ciências humanas. Uma pessoa com características para as ciências exatas, jamais exercerá a profissão de vendedor, com o mínimo de gosto, prazer e por conseqüência sucesso.
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CONTINUAÇÃO EM REVISÃO. SERÁ POSTADA BREVEMENTE...
A profissão de vendedor, tão antiga quanto nossa história mais remota, mantém sua essência deste os primórdios tempos. Já passou pelas mais diversas denominações, mais recentes como “mascate”, “caixeiro viajante”, “pracista”, até “vendilhão”. Os termos atuais, manuseados pela elegância exigida pelo marketing, passam por denominação como “consultor de vendas”, “agente de negócios” e outras designação, que se resumem unicamente a profissão de “vendedor”.
Qualquer que seja o estado, o país, o continente; aqui ou lá do outro lado do mundo, a figura e a profissão do vendedor - com que nome que seja - está presente, envolvida, participando das transações todas, da evolução e da transformação do mundo e dos tempos. Mudam-se conceitos, criam-se novas e revolucionárias estratégias mercadológicas, põem-se a tecnologia da informação a serviço da venda, das negociações, mas a figura do vendedor continua sendo o pilar de sustentação do mundo de todos os negócios, grandes ou pequenos. Gigantescos ou ínfimos.
Tantos livros, apostilas, cursos e todo um universo de literatura são utilizadas mundo afora, para treinamento de vendedores. Treinamento, aprimoramento, desenvolvimento e tantas outras estratégias e intenções. Mas sempre prevalecem as dúvidas sobre o verdadeiro vendedor; se ele nasce pronto ou pode ser criado pelas escolas, como se forja um engenheiro, um cientista, um motorista ou outro qualquer profissional.
Esta a primeira dúvida: existem pessoas que são vendedoras por natureza?
Prefiro falar em pessoas, para não precisar distinguir sexo, já que nessa profissão, também as mulheres já fazem parte, como em tantas outras antes ocupadas apenas por homens.
Desta pergunta inicial se desencadeiam uma série de outras, tais como:
- Vender é uma arte ou uma técnica?
- Ser vendedor é uma questão de “ser” ou de “querer”?
- Ser um profissional de vendas é uma questão de opção, de oportunidade que se apresenta, alternativa circunstancial, ou apenas um meio de vida ocorrido ao acaso?
Não creio que haja respostas para essas e outras tantas perguntas que se fazem sobre a profissão. Existem opiniões, conceitos formados por um e outro, mas as respostas continuarão sendo buscadas infinitamente, até por que é um tema que se confundem com as teorias todas existentes sobre personalidade, perfil, vocação e outras tantas derivações do comportamento humano.
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Mas me arrisco a responder a primeira das perguntas. Se vender é uma arte ou uma técnica. Sempre defendi e continuarei defendendo minha opinião de que vender é uma arte sim. Que pode ser desenvolvida com agregação de informações, técnicas e aprimoramento diversos na arte da comunicação, mas só haverá efetivo êxito se a arte de vender estiver naturalmente presente no indivíduo.
A arte de vender, é reconhecida na capacidade natural de uma pessoa em bem se comunicar. Na facilidade natural de se expressar verbalmente. Aí não está em voga a utilização de um vocabulário mais rico ou mais pobre; se tem ou não boa oratória; se é mais ou menos hábil em falar em público. A facilidade de se comunicar deduz-se pela naturalidade com que diz o que pensa, ou o que deseja. Na capacidade de interagir com os mais diversos perfis de pessoas.
Percebe-se o fundamento da arte de vender, nas pessoas que tenham a capacidade natural de controlar suas emoções, de conter impulsos emotivos, de enfrentar adversidades mantendo o seu foco, a sua intenção, o seu objetivo. Que tenham a capacidade de agir circunstancialmente, segundo a situação, o momento, as intenções e os resultados que desejam buscar nas conversas e interações.
O vendedor genuíno é sim um artista, um ator que sem perder sua essência, sua personalidade, é capaz de interpretar os mais diversos personagens, sem que isso lhe frustre, sem que isso o faço um demagogo ou um farsante. Identifica-se o “artista vendedor” – aquele que é um vendedor por natureza - nas pessoas que conseguem circular e se relacionar com as mais diversas características de pessoas, interagindo com os seus mundos, como se fossem o seu.
Podemos identificar ao nosso redor, inúmeras pessoas que mesmo não exercendo a profissão de vendedor, tem extrema facilidade de relacionamento. Pessoas que são “amigas”, naturalmente, de quase todos que a cercam, passando por conflitos como se eles nem existissem. Essas pessoas, são as que têm em sua própria forma de ser, a arte de vender. Se não vendem produtos, mercadorias, ou serviços, com certeza vendem a si próprios, sua imagem, suas vontades e objetivos de bem se relacionar.
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Sobre a indagação acerca da profissão de vendedor ser uma questão de “ser” ou “querer”, se não existe uma resposta objetiva, clara, definitiva, pelo menos exige que se pondere a respeito.
“Ser” é uma questão intrínseca. Alguém que já nasceu com o dom, a arte, trazida em sua própria característica como ser humano. As pessoas que são vendedoras por si só terão facilidade de abraçar a profissão. Optar ou não, é uma questão do meio em que se formem, cresçam e se façam pessoas adultas. Das circunstâncias que se apresentarem em suas vidas.
O que se pode constatar com facilidade, é que raramente - para não ser radical e dizer nunca - uma pessoa se decide por ser um vendedor profissional já na sua formação, salvo se adotar um modelo, um exemplo, de alguém muito próximo na sua formação, normalmente o próprio pai ou mãe. Salvo casos assim, não vejo um menino, ao ser indagado o que quer ser quando crescer dizer que “vou ser vendedor”.
A profissão normalmente ocorre circunstancialmente. Evidente que se a arte já lhe é peculiar, muitas e muitas portas se abrirão a sua frente, para que venha exercer a profissão de vendedor. Se irá entrar para esse mundo, é outra questão, mas com certeza, se o fizer, terá sucesso; será bem sucedido. Independente do segmento em que venha atuar. Com certeza será uma pessoa feliz, satisfeita, pois exercendo uma profissão onde estará se utilizando da sua vocação, é lógico que o fará com prazer. E quando alguém exerce uma profissão com prazer, o sucesso é mais fácil e a satisfação, a felicidade, uma conseqüência.
Ponderar sobre a questão “querer” é bem mais complexo, creio. Claro que a determinação faz milagres, mas exigirá muita dedicação, muito mais estudo, persistência e até abdicação. E necessário que a pessoa tenha um mínimo de gosto, de habilidade natural na lida com pessoas. Precisa, necessariamente, ter uma personalidade maleável e prazer em interagir.
Mas não creio que alguém seja bem sucedido, por mais determinado que seja, na prática de uma profissão que conflita com a sua própria forma de ser. Posso até considerar que possa ser bem sucedida, mas não quero crer que tenha prazer, que seja feliz, independente do que isso lhe renda economicamente.
Então prefiro considerar que não basta apenas “querer” para se exercer a profissão de vendedor. Não requer, necessariamente, que se tenha a arte de vender em suas entranhas, mas é mister que não esteja totalmente ausente o gosto pela comunicação e interação com pessoas das mais diversas características.
Parto do princípio de que num adolescente, já podemos – e ele próprio – diagnosticar, com facilidade, se sua tendência é a ciência exata ou humana. Se terá maior facilidade com as profissões que tenham a matemática como premissa, ou profissões que exijam o relacionamento humano como fator determinante.
Exatamente ai se faz a primária distinção das características dos grupos em que as pessoas se enquadram; as com tendências naturais para as ciências exatas, ou para as ciências humanas. Uma pessoa com características para as ciências exatas, jamais exercerá a profissão de vendedor, com o mínimo de gosto, prazer e por conseqüência sucesso.
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CONTINUAÇÃO EM REVISÃO. SERÁ POSTADA BREVEMENTE...