PAPO SÉRIO!

De onde viemos?

Para onde vamos?

O que estamos fazendo aqui?

Essas perguntas fazem parte do texto de Todo Mundo Nu, do querido e genial Ricardo Bandeira; que onde quer que esteja é certo que está criando muito.

Andei lendo sobre a Rosacruz, fiquei encantada com o que representa essa sociedade ao logo do tempo. Quantas pessoas geniais fizeram parte, quanto tiveram que ser secretos no decorrer da história, um dia certamente vou me aventurar no estudo das suas monografias.

É fascinante mergulhar na cultura egípcia, imaginar que séculos antes de Cristo já se tinha conhecimento da vida após a morte. Domínio de técnicas que até hoje não se sabe como refazer o que eles fizeram, como as piramides, qual o arquiteto que pode refazê-las? As mumificações, os papiros e sua escrita.

A igreja católica, é certo que muito do atraso da nossa civilização se deve a essa instituição. Os crimes mais cruéis também. A corrupção divina então nem se fala. Se Cristo voltasse na idade média, certamente morreria na fogueira, como herege. Imagine suas ideias libertadoras, de igualdade, de pobreza, andando com mulheres da vida, ousando falar para o povo. Ainda bem que nos dias de hoje há grande concorrência entre as igrejas e a politica, assim temos tempo para ver outros ensinamentos, livres de dogmas.

Só algumas coisas me encantam no catolicismo, o canto gregoriano, a contribuição de monges e padres incríveis, com a dramatização como ferramenta pedagógica, é preciso tirar o chapéu para os monges copistas, que durante muito tempo detinha o saber e o repassavam na cópia de livros, sempre pondo algo a mais, de uma certa forma isso nos enriqueceu culturalmente, só não sei se pondo na balança com as perdas, se o saldo chega a ser positivo, com certeza não.

Mas voltando as perguntas do Bandeira, eu também sempre me fiz as mesmas perguntas e elas me impulsionaram a buscar as respostas dentro de mim, e comparando com a leitura dos livros de Kardec, percebi que as minhas respostas internas tinham sentido. A vida não podia começar com o nascimento e muito menos acabar com a morte. Mas e o que vem depois? Onde estávamos antes?

O mais incrível foi o que aprendi com o tempo, cada ser tem suas respostas dentro de si, por isso tantas religiões, e elas são importantes porque cada individuo precisa trabalhar o seu lado divino, não importa onde, nem quanto custa.

Só de imaginar que os homens da caverna já tinha suas adorações, descritas nos seus desenhos rudimentares, por ai tiramos essa necessidade do mágico em cada ser diante da vida e da morte.

Falta apenas a compreensão dos seres em aceitar que toas as manifestações são bem vindas, que nunca mais se mate em nome de Deus, que nenhuma religião se diga dona da verdade absoluta.

Não entendo como as pessoas cultuam a bíblia como essa verdade, sendo que Cristo não escreveu nem uma linha sequer, e a mesmas foram escritas três ou quatro séculos depois da morte de Cristo, tudo bem que a oralidade mantem vivo os fatos, mas se quem conta um conto, aumenta um ponto, imagine o quanto ela tem de aumentado?

Ou de inventado?

Me perdoe se você acredita em tudo, se tem uma fé cega! Esse meu relato é apenas para fazer pensar.

Que possamos olhar a história das guerras santas, e todas as outras e percebermos, que as pessoas que ousaram discordar, pagaram em geral com o degredo ou mesmo com a vida, e agora vemos que todos tinham razão, seus estudos, suas descobertas, hoje qualquer criança tem conhecimento.

Que possamos todos ousar nos perguntar, ousar desconfiar, ousar se libertar de dogmas e da gaiola da fé cega.

Glória Cris
Enviado por Glória Cris em 22/01/2012
Reeditado em 22/01/2012
Código do texto: T3454564
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