A JUSTIÇA FAZ JUS

O poder judiciário não é intocável: primeiro, por ser constituído de seres humanos falhos, limitados; segundo, por não se deixarem tocar no coração pelo Deus da Vida.

A justiça faz jus a um verso de um soneto do grande poeta Augusto dos Anjos, quando diz: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Há alguns dias atrás a legalização do aborto foi banida por unanimidade. Ontem, dia 29 de Maio de 2008, a legalização de pesquisas com células-tronco embrionárias é aprovada pela diferença de 1 voto.

O contra senso é gritante. Esta autorização favorece o aumento de abortos, e o que é pior: agora com o agravante da compra de embriões pelos “pesquisadeiros”, infiltrados no meio das classes menos favorecidas. Matar para dar a vida? Senhores ministros que votaram a favor da morte intra-uterina de quem vocês jamais irão conhecer, estas vidas clamam no silêncio a justiça que vocês não quiseram dar.

Hoje os senhores são os representantes da justiça do País, porque quando ainda eram embriões não existia esta lei que autoriza a morte pela vida. Se ela houvesse existido, por certo não estariam aqui no meio de nós, como milhares de embriões não estarão, privados que foram de um dia brincarem pelos parques, correrem pelos jardins, soltarem pipas pela rua, jogarem bola-de-gude sobre as calçadas, dormindo à luz da lua e à sombra das estrelas.

A vida, sim, é intocável. E os senhores tocaram-na, maculando-a, ela que saiu pura das mãos do Criador. Que Ele tenha misericórdia de cada um; e que os embriões assassinados calem nas suas consciências.

ALMacêdo

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 20/01/2012
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