RETROSPECTIVA 2011

Não há nenhuma aberta porta além da portalada. Tudo é porta, abertura para os atuais seres dos portais de vivos e mortos. O ano termina pós-moderno em Poesia e Arte. Nada há para que se feche a porta. Cibernéticos portais também não são mais o Novo. Portas, portais, poesia e poetas, portões públicos e privados. A Primavera do Mundo Árabe quebra antigos paradigmas, alcorãos e burcas. O conhecido mundo é uma zorra por todos os lados. E Berlusconi na Itália cava a sua portalada: foda-se! E o euro, ficção fadada, tenta salvar-se, fodendo – como sempre – os fatais desfavorecidos! Nem a Poesia segura o “efe” dos falidos. Fica a tal ufanal fatalidade: a do poeta falimentar-se na Arte! E o músico fantasioso fadado ao fado. Como se isso fosse factível...

– Do livro PALAVRA & DIVERSIDADE, 2011/12.

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